António Costa arranjou uma dor muito oportuna para não ter que falar de Tancos.Mas como Rui Rio e Cristas não aceitaram calar sobre o escândalo havia que lhes dar troco. Aí está o César a fazer o que mais gosta. Malhar .
Não falou de mais nada a não ser do malandro do Rio que quer ser PM à conta do escândalo. Pois se Costa não foi acusado, não é arguido...
A ideia não é má mas não é genuína. Já se sabe que o que se discute não é o procedimento criminal é a responsabilidade política e, esta, é necessário escrutinar. Contra a vontade de quem está a perder com o assunto é bem de ver.
Mas chamar o César é muito significativo porque o artista açoriano não ganha votos cá no continente. O contingente de primos, sobrinhas e mais família que vivem à conta do Estado é uma pedra no estômago dos continentais.O Costa anda nervoso para pedir ajuda a este caceteiro.
Este César - dai a César o que é de César - ao fim de umas dezenas de anos como Presidente do Governo regional dos Açores deixou as ilhas na pobreza e no desemprego. As maiores bolsas de pobreza de todo o país encontram-se nas ilhas. Pois quem ouve falar este politico percebe que se pode ir sempre mais fundo na demagogia e na mentira.
Na discussão do orçamento para 2017, só falou nos quatro anos do memorando da Troika que Sócrates chamou para salvar o país. Não falou na economia que não cresce no presente. Nem na dívida que não para de crescer, Ainda menos na taxa de juro que subiu para 3,5% e nunca mais voltou aos 1% iniciais. Não discursou sobre a política de consumo interno que falhou totalmente e que levou ao regresso das exportações.
Esqueceu-se da degradação dos serviços públicos que as cativações, necessárias para atingir o défice, acarretaram em sectores tão importantes como a Educação e a saúde. Nada. Este homem mostrou hoje na Assembleia da República como a vida é tramada . Desceu ao que há de mais ridículo.
A vida é difícil para todos e não há almoços grátis .
Entretanto, Carlos César garante que um governo do PS compensará os lesados do BES. Enternece ver socialistas prometerem pagar prejuízos privados com dinheiros públicos. Mas não surpreende: já o fizeram no caso do BPN. Quaisquer esperanças de que tivessem aprendido a lição acabam de se esfumar. Uma das maiores mágoas de Ricardo Salgado só pode ser não ter encontrado António Costa como primeiro-ministro quando precisou de dinheiro público para salvar o grupo.