O accionista privado tal como o Estado não meteu um euro na TAP . Nem querem meter. E o accionista privado já veio dizer que a TAP não precisa de aumentar o capital apenas precisa de um empréstimo garantido pelo Estado.
Os 75 aviões que entraram na TAP são arrendados devolvem-se se preciso for. O accionista privado está tão à vontade que já fez saber ao Estado que não aceita as condições impostas.
A companhia aérea portuguesa ( todos temos um fraquinho pela TAP) não tem massa crítica para ombrear com as grandes companhias aéreas. Uma população de 10 milhões de pessoas em que a grande maioria nunca viajou de avião nem vai viajar tão cedo. Temos muito menos dinheiro que a concorrência, menos tecnologia ( compramos os aviões em França e nos USA), e o combustível é importado.
Temos poucas vantagens. Trabalhadores capazes, rotas para a Madeira e para os Açores (que não sustentam uma companhia aérea) e na época própria os emigrantes. É tudo muito poucochinho.
Entalada pelas low cost e pelas grandes companhias a TAP só sobrevive com parcerias como a que o accionista Neeleman lhe oferece. Alavancar a dimensão da TAP em todas as suas vertentes.
A TAP precisa mais dos 400 aviões de Neeleman do que este dos 105 aviões da TAP.
Também não acredito que o estado feche a empresa( ia contra o coração dos eleitores) mas não há que ter dúvidas. O fundo do poço não se vê e vamos todos pagar com lingua de palmo.
Tudo embrulhado como mais uma grande vitória do governo socialista.
Outra morte, esta no Reino Unido. De vez em quando temos que nos interrogar. Estará o estado a intrometer-se na nossa vida se proibir a existência de cães em apartamentos onde vivam crianças ou pessoas que não consigam defender-se? Os animais são sempre dóceis até atacarem alguem, como é óbvio. Mas é este o estranho argumento apresentado em todos os casos de ataque.
A culpa é toda do dono do animal como é o caso. É intolerável que se vá a um canil adoptar um cão de raça perigosa, já com oito anos, e deixá-lo sozinho com uma criança de quatro anos no apartamento. Que passado terá este cão em termos de perigosidade? Ninguem sabe, como parece óbvio. Os "vira-latas" que não fazem mal a ninguem são abatidos mas os de "raça" tipo "sangue azul" são protegidos, mesmo depois das tragédias. Como neste caso emBeja.
É verdade que o principal culpado é o dono que tinha um animal poderoso e potencialmente perigoso preso e próximo de uma criança mas daí a considerar o animal um herói ...
Animal que passou a barreira e atacou um ser humano vai fazê-lo novamente, é uma questão de oportunidade. Percebe-se mal que 78 000 pessoas tenham assinado uma petição para que o cão não fosse abatido. É claro que esta decisão vai levar a que mais pessoas vivam com estas raças perigosas de cães . O sinal das autoridades devia ser no sentido contrário, levar a que os donos percebam que é perigoso e que quem assim procede tem que sofrer as consequências.
Até morderem crianças que não se podem defender foram sempre animais dóceis. Mas a verdade é que são cada vez mais frequentes os ataques destes cães de raças consideradas perigosas. E, o pior é que não atacam o dono que tem sempre a culpa, até pelo simples facto de os terem em casa a conviver com crianças.
A criança está no hospital, o animal está no canil à espera da sentença e o dono devia estar na prisão mas não está. Até quando?
Este cão é mais justo. Atacou o dono em vez de atacar uma criança e a matar. Se no caso da criança era óbvio que o animal tinha que ser abatido e, mesmo assim, houve petições a " dar uma segunda oportunidade ao animal" ( Para matar mais alguém?) neste caso hesito. Afinal o cão atacou quem tem a culpa toda. Ter um Pitbull é sempre, sempre perigoso, é uma questão de oportunidade como bem observam os peticionários. Se os donos não querem perceber isso, se acham que os animais são muito felizes, tão felizes que atacam quem está por perto, então que sejam eles as vítimas.
Como escrevi aqui, a questão não é de quem tem culpa. A culpa é sempre do dono. A questão é a segurança ou a falta dela que estes animais constituem para os humanos. Na sua natureza e nas condições em que vivem!
Tal como escrevi aqui, a questão não é saber se o cão tem culpa. A culpa é toda do dono. Do animal resulta uma questão de segurança. Se nas condições em que vivia constituía um perigo óbvio depois de atacar e matar uma criança o perigo é ainda maior.
O cão pode voltar para o seio da família cujo membro mais frágil matou?
Ou vai ser oferecido a alguém muito amigo dos animais e que o deixa nas primeiras férias de verão? Ou vai, com oito anos ( para quem não sabe é um animal entradote) ficar a viver na canil municipal onde os "vira latas" são mortos? Enfim, não sendo abatido qual vai ser o seu destino?
Tenho tudo contra o animal. Deve ser abatido sem sofrimento, mas abatido.
Já passei uma tarde e uma noite a acompanhar o meu filho num hospital após ser atacado por dois cães. Passou de bicicleta na rua e os animais que andavam à solta no quintal atacaram-no sem aviso. A dona dizia-me que tinha de imediato chamado o "112" como se restringisse a essa acção a sua obrigação. Para ela os cães terem atacado alguém que nada fizera para ser atacado, fazia parte da vida. Expliquei-lhe que não faz ! Os animais têm que estar presos e não constituírem em caso algum um perigo para os humanos.
Vejo agora pela imbecil petição que há quem pense que pode ter animais que atacam pessoas.
Na semana passada um cão matou uma criança de meses. Mordeu-a na região da cabeça repetidas vezes apesar de conhecer a criança com quem convivia no mesmo apartamento. Será abatido .Seria abatido. É um pitbul uma raça frequentemente ligada a ataques mortais.
Mas a população de Beja acha que um animal que durante oito anos viveu com aquela família e só agora atacou não deve ser abatido. Foi a criança que no escuro caiu sobre o animal. No fundo é dizer que foi a criança que teve a culpa.
É, pois, natural que se uma criança tropeçar num pitbul seja mordida e morta. Corre já por aí uma petição a defender que o animal não deve ser abatido. Calculo que voltará naturalmente para o apartamento para acompanhar a família cujo membro mais jovem matou. E, sabe-se, que um animal que atacou uma primeira vez é potencialmente mais perigoso.
Lá no canil municipal, onde se abatem os cães, ficam os "vira latas" que nunca fizeram mal a ninguém mas não nasceram em berço de ouro.
Como escrevi isto devo estar proibido de assinar a petição...
Há raças de cães que são como uma arma. Não fazem mal até que um dia se reúnem as condições propícias para serem tiradas do armário. E matam! Há explicações das mais diversas. Que a culpa é dos donos que os treinam e que lhes aguçam a ferocidade. Ou que o animal vive enfiado entre quatro paredes. Ou que atacam quando são deixados pelos donos...
Tudo explicações que não deixam esquecer o essencial. Atacam os mais fracos, crianças e idosos. Uma após outra morrem pessoas. Abrem-se inquéritos, facultam-se documentos, licenças, vacinas, mas o essencial permanece. Há raças de cães potencialmente perigosas . Sabe-se quais são. Há que definir em que ambientes e em que condições podem ser criados.
Ter um " Pitbul" num apartamento a viver em conjunto com pessoas é ter uma arma com o gatilho pronto a disparar.