Afinal os brasões da Praça do Império já não existem vai para vinte anos. Os jardineiros um dia chegaram ao jardim e decidiram : É, pá, isto já não existe e a história foi o que foi, nada a fazer. A história é o drama da humanidade. Só nos traz lembranças coloniais. E, logo ali, decidiram. O Presidente da Câmara não sabe de nada e o vereador também não o que confirma o que eu já desconfiava há muito. Nenhum faz falta. Os jardineiros sim, fazem falta porque podem deixar morrer a memória colonial.
A praça mais visitada do país, de uma beleza excepcional, está entregue aos jardineiros. O que é mais necessário para de uma vez percebermos que esta gente nunca se compromete com nada, está sempre com um pé e com o olho no tabuleiro seguinte a tratar da sua carreirinha? De que se esquecerão mais, numa câmara que envolve tanta gente e tantos milhões? Não será melhor descentralizar competências e deixar que as Juntas de Freguesia tratem destes assuntos ? É que a Câmara não sabe, não conhece. Depois disto alguém entregava o seu quintal à câmara de Lisboa?
A Câmara de Lisboa dá emprego a trinta boys. Entre familiares e amigos. Todos militantes do PS. Acho bem é preciso ter gente de confiança. Mas este principio deve ajustar-se a todos os partidos.
António Costa diz que acumulará as funções de Presidente da Câmara de Lisboa com as de Secretário Geral do PS até às eleições legislativas. Para além de as exigências da função obrigar a sua prática a tempo inteiro, Costa entra em contradição com o que disse no passado. E Seguro não vai deixar de explorar essa contradição. "O PS precisa de um secretário-geral a tempo inteiro e o município de Lisboa com um presidente com dedicação exclusiva”. “Honrar a confiança que em mim depositam os lisboetas, cumprir o compromisso que assumi com a cidade que me elegeu e exercer com total paixão as funções públicas que me estão confiadas é não só meu dever como melhor contributo que posso dar a credibilizar a política e credibilizar o PS”, acrescentou em 2011 quando foi sua intenção de se candidatar a secretário geral do PS.
Os políticos ( não é só Costa ) são o melhor exemplo daquela tirada do ex.presidente do Vitória de Guimarães Pimenta Machado. "O que é hoje verdade amanhã é mentira".
Costa gasta 2,25 milhões de euros para acabar com greve de lixo. É assim e sempre foi assim. Na próxima a solução também será esta. Atirar dinheiro para cima do "lixo", desculpem, dos problemas. Há algum mérito nestas decisões que oferecem condições que mais tarde ou mais cedo serão insustentáveis? É que se não fossem insustentáveis não era necessário fazer greve no dia de Santo António.
Chama-se Fernando Medina e tirou o segundo lugar da lista de Costa ao arquitecto Salgado. E não é por incapacidade do substituído porque Lisboa tem sido muito beneficiada com os projectos urbanísticos. Há uma nova frente de Tejo que é um mimo e uma Praça Europa que é um esplendor. É mesmo porque Costa está a atar os patins para concorrer a secretário geral do PS. E há a desilusão pública de Mário Soares sobre Seguro.
Fernando Medina foi secretário de estado de Sócrates e está bem cotado. Presentemente é deputado na quota de Sócrates que controla o grupo parlamentar socialista.
Seguro há muito tempo que está seguro pelos resultados das autárquicas . Mas mesmo com um bom resultado as opções que o PS terá que tomar em 2014 acabarão com o seu inseguro reinado. Soares até já o avisou que o partido não é dele.
As peças estão a ser mexidas e a ser colocadas nos seus lugares. Senhores, façam o vosso jogo!
O Secretário de Estado dos Transportes anda a dizer que gostaria de ver o poder local mais envolvido na gestão dos transportes mas não fala com António Costa. E, este, ameaça que vai para tribunal.
O Governo, sustentou António Costa, "não pode querer simultaneamente ter um maior envolvimento das autarquias e, ao mesmo tempo, entender que dispõe de empresas que são da cidade sem ouvir a cidade e sem ter em conta o que é que a cidade deseja sobre essas empresas".
O BE tem que aprender com o PC. Já viram alguém verdadeiramente importante dentro do PC ser deitado para uma fogueira onde pouco tem a ganhar e tudo a perder? Eu já escrevi aqui que isto é tão estranho que pode ser intencional num partido onde há tanta desavença. Perdem-se demasiadas energias a "cimentar" o grupo. A saída de gente com capacidade é a prova disso e, agora, empurram para uma disputa um dos coordenadores que terá sempre um fraco resultado. Podem, depois, dar as explicações que quiserem porque o que fica nos Portugueses (não só nos Lisboetas) é a derrota humilhante.
O BE tem o pior "tique" dos partidos não democráticos. Ou é como quer ou não há nada para ninguém. Nenhuma posição é tão antidemocrática!