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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O dinheiro de Bruxelas deve ser encaminhado para as empresas

Que não se caia novamente no erro de sempre. O estado guarda para si a parte de leão e isso não tem tido bons resultados. Quem toma as mesmas medidas e espera resultados diferentes é imbecil,

Após a fase de emergência, Catroga diz estar ciente do nível de moratórias e do potencial impacto no sistema financeiro, recomendando ao Governo que reserve uma parte significativa dos fundos europeus para a recapitalização das empresas. O economista sugere que o Executivo entregue a execução do plano a uma estrutura de missão com consultores internacionais e do setor privado, argumentando que a administração pública não tem capacidade para o fazer. “Desta vez tem de diferente”, afirma, pedindo que se aproveite esta “oportunidade de ouro”.

Basta comparar os apoios às empresas portuguesas com aquilo que outros países, com uma saúde económica-financeira pré-Covid mais forte, estão a fazer. A nível europeu, face a outros blocos económicos, verifica-se um tratamento insuficiente do apoio às empresas em muitas economias, incluindo em Portugal. O apoio às empresas deve ser prioritário porque apoia-se as famílias, o emprego, o investimento. Esta devia ser a prioridade, mas nem sempre está na cabeça dos nossos decisores políticos quer na política de apoios de curto prazo quer nos apoios estruturais ligados aos fundos europeus. As empresas têm de ter a maior fatia de apoios. O agravamento da situação vai fazer aumentar o número de empresas zombie e em dificuldades, o risco de falências e, portanto, temos de reforçar as medidas possíveis para que esse cenário seja o mais controlado possível.

A família socialista a preparar a festa

A indignação é geral entre engenheiros, arquitectos e empresários que mais de perto trabalham com o governo nos concursos públicos.

O governo quer facilitar a adjudicação das obras públicas saltando fases dos procedimentos habituais, deixando o caminho facilitado para as "negociações" entre familiares.

António Costa tenta travar o entusiasmo ignorando o dinheiro de Bruxelas sob a forma de empréstimos. Ele sabe o que aconteceu ao dinheiro que há 20 anos jorra diariamente de Bruxelas. A economia não cresce e a dívida aumenta.

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Catalunha : adeus Madrid olá Bruxelas

A força centrípetra de Bruxelas e a integração no espaço Europeu faz revigorar os anseios independentistas de alguma nações. Em Espanha, na Itália, na Bélgica, no Reino Unido, não esquecendo o punhado de nações que estavam integradas na União Soviética pela força dos tanques e que se declararam independentes logo que puderam.

A nação é um conjunto de pessoas que comungam uma mesma língua, a mesma cultura e o mesmo território . Um país é uma nação juridicamente e politicamente organizada.

Então, perguntavam-me os velhos patriotas catalães que vendiam recordações ( em catalão ou em inglês em espanhol não temos) nas ruas de Barcelona : se podemos falar directamente com Bruxelas a que título é que Madrid fala por nós ? É por entregarmos 90% do que produzimos a Madrid e que no todo representa 20% do PIB espanhol ? E depois Madrid recebe os subsídios europeus e distribui-os segundo critérios políticos que nos prejudicam sempre ?

E, sim, Portugal deve-lhes a independência, porque Leão e Castela, atribuindo maior valor estratégico à Catalunha enviou para lá o escol das suas tropas e, para Portugal, enviou o que restava, um exército reduzido e mal equipado. Na Catalunha o exército espanhol ganhou e subjugou a rebelião mas em Portugal perdeu.

Numa das minhas visitas de trabalho a Barcelona fui acompanhado por um madrileno . Pois bem, tive que me meter entre os dois (entre o madrileno e o catalão) para evitar que chegassem a vias de facto. E, no último dia, recebido pelo ministro da saúde da Catalunha ouvi-o dizer pausadamente enquanto me oferecia uns livros : em catalão e em inglês, em espanhol não temos.

Mas o ministro era muito mais novo que os velhos patriotas que encontrava nas ruas.

Para quem está de fora é difícil com honestidade tomar partido. Quanto a mim, convicto europeísta, sinto-me mais seguro com uma Grande Espanha.

 

Bruxelas vê desvios significativos

Jerónimo e Catarina bem dizem que nunca perceberam a diferença entre um défice mais baixo e outro mais alto. Nunca ninguém lhes explicou o que mostra que são os malandros neo-liberais que nos querem tramar.

A Comissão Europeia não acredita no cálculo do ajustamento estrutural feito pelo Executivo e depois de refazer as contas avisa que a meta traçada pelas autoridades portuguesas está abaixo do combinado. 
Além disso, o Executivo comunitário salienta dúvidas quanto à evolução da despesa líquida primária, outro indicador usado para avaliar o cumprimento das regras orçamentais.
"Também a taxa de crescimento nominal da despesa líquida primária excede a taxa recomendada de 0,1%, apontando para um fosso igual a 1,1% do PIB em 2018."

E hoje estamos em greve para aumentar a despesa primária em salários e pensões.

Medidas orçamentais podem ser insuficientes

A UTAO ( comissão independente de apoio orçamental aos deputados) torce o nariz à proposta orçamental apresentada pelo governo . Hoje mesmo a DBRS( agência de notação) fez o mesmo. Só o governo tem uma narrativa diferente . Canta os méritos e os sucessos que os outros não enxergam. Mas Bruxelas pode considerar as medidas propostas insuficientes.

"Algumas medidas de consolidação permanentes do PE/2017-21 não se encontram devidamente especificadas e a sua concretização reveste-se de incerteza", referem os técnicos da UTAO. O relatório nota que existem poupanças nos consumos intermédios e na despesa corrente que não estão explicados, pelo que "colocadas desta forma, em termos genéricos, não é possível uma avaliação da sua exequibilidade ou do seu impacto, prejudicando a transparência do exercício orçamental e podendo constituir um risco não negligenciável para a execução orçamental".

 

Mas não foi sempre isto que esteve em cima da mesa ?

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 Em relação ao PCP e ao BE dificilmente haveria outro caminho mas em relação ao PS não foi sempre esta questão que esteve em cima da mesa? Não foi por isso que o PS nunca antes aceitou esta "solução conjunta" ? O PS mesmo na campanha das legislativas (que perdeu) nunca teve a coragem de preparar o eleitorado para a actual solução governativa. Todos sabemos bem porquê.

António Costa, em desespero, depois de andar a empurrar Seguro por causa das vitórias eleitorais "poucochinhas" não tinha outro caminho senão juntar-se à extrema esquerda. Mas sempre disse que a posição do PS em relação ao modelo de sociedade e da União Europeia não era a mesma do PC e do BE. Sempre soube isso e nunca o escondeu.

É por essa razão que foi e é tão atacado, porque a sua decisão é contra natura, mais tarde ou mais cedo teria que escolher entre Bruxelas e os seus apoiantes. Admito que não esperasse que os investidores fugissem, que teria a má vontade da UE, que as agências e os mercados escrutinassem como nunca a evolução do país, mas se assim foi, não tem que se queixar senão de si próprio.

Creio que António Costa continua a contar que PCP e BE não têm outro remédio que não seja apoiar o governo e que, a capacidade dos dois partidos da extrema esquerda de engolir sapos vivos é muito maior do que a que andaram anos a vender-nos. Mas, Costa, não contou com a viva reacção dos mercados. E, pior, não fazia ideia nenhuma de qual seria a evolução das exportações portuguesas e vendeu ao país o reforço da procura interna e do consumo privado tantas vezes tentado sem sucesso.

A verdade é que Costa teve que escolher entre juntar-se à extrema esquerda ou terminar a sua carreira política. Escolheu a sua sobrevivência política. O custo está a ser pago pelo país.

PCP ( vejam-se as ameaças de Jerónimo) e BE sentindo o governo apertado,  atarraxam.

Um argumento sólido mas venal

O povo português não perceberia a aplicação de sanções depois de um período tão exigente de consolidação orçamental, com consequências sociais bem mais duras do que as previstas.  Nada mais certo. E num tempo em que a União Europeia se confronta com vários desafios desde o Brexit até aos refugiados passando pela Turquia.

E, no entanto, a trajectória não pode deixar de prosseguir sob pena de rapidamente o país se afundar novamente em programas de ajuste. Porque a economia não cresce, os bancos nadam em imparidades que ninguém conhece na sua verdadeira extensão e o governo para agradar aos seus apoios parlamentares envia todos os dias maus sinais para os mercados. E sem dinheiro para investir não vamos lá.

Quando a economia cresce todos ganham embora alguns ganhem mais do que outros. Quando a economia decresce todos empobrecem e os pobres são quem empobrecem mais. Bem podem aumentar impostos e redistribuir que o dinheiro é o mesmo. Ao fim de apenas oito meses de governo a narrativa é acerca de sanções, de despesa que é adiada nas chamadas cativações  e de receita fiscal que dá mostras de ficar muito aquém do previsto.

Aos poucos o ministro das finanças vai deixando cair publicamente a verdadeira situação do país, enquanto o primeiro ministro vende confusões dando uma no prego e outra na ferradura.

E tudo isto é venal porque todos sabíamos que seria este o resultado do programa de governo apresentado ao país. Infelizmente António Costa optou em salvar a sua carreira política em vez de encarar de frente os verdadeiros problemas do país. E Passos Coelho, embora ganhando as eleições, não percebeu que o povo lhe exigiu negociações.

Aqui ao lado em Espanha, sem governo há seis meses, a economia cresce a 3,5% o que mostra bem que a saúde da economia não depende dos governos.

O real resultado é este : o Orçamento tem cativações de cerca de 360 milhões de euros, dinheiro que só pode ser gasto com autorização do ministro das Finanças, que Centeno "se compromete estritamente a não descongelar", desde que tal seja necessário para atingir os objectivos.

A rapar o tacho na Educação, na Saúde, nos fornecimentos e serviços e no sector empresarial do estado. Também tu, António Costa ?

 

A esperada ruptura com Bruxelas por parte do BE

O BE prepara o seu congresso e as propostas de alternativa que são conhecidas apontam para o que sempre foi evidente. A ruptura com as políticas de Bruxelas.

Com os olhos postos na Grécia, e com a óbvia cedência em toda a linha do Siryza, o BE força a pressão sobre o seu parceiro de coligação o PS ao mesmo tempo que se afasta do PC.

Contudo, o partido liderado por Catarina Martins vai mais longe ao sublinhar que "o desenlace do caso grego e a pressão para a entrega da banca portuguesa aos gigantes europeus" demonstram que é preciso estar preparado para tudo. Ou, sendo fiel ao texto, "que uma esquerda comprometida com a desobediência à austeridade e com a desvinculação do Tratado Orçamental tem de estar mandatada e preparada para a restauração de todas as opções soberanas essenciais ao respeito pela democracia do país".

Como António Costa sempre soube vai ter que escolher entre a UE e os seus parceiros internos e a situação das contas públicas e a sua mais que provável evolução negativa já posiciona os partidos .Se alguém tivesse dúvidas que vem aí mais austeridade a proposta do BE é transparente. Não aceita mais medidas de consolidação das contas nacionais .

Bloquistas dizem que "só é possível" salvar o Estado Social, relançar investimento e criar emprego, "rejeitando a chantagem da dívida". Ora a chantagem para os bloquistas é pagar a dívida. E a posição do BE é tão mais preocupante quando o próprio Banco de Portugal afirma que a austeridade terminou em 2015

Mas as exigências do Bloco ao PS são para cumprir sob pena de a maioria que sustenta o Governo não sobreviver

Eram conhecidos da policia mas todos mataram

Sabe-se hoje que os terroristas de Paris e Bruxelas estavam referenciados pela polícia. E mesmo assim mataram. Como é possível ? Eram conhecidos da polícia francesa mas não da polícia belga ? É a falta de partilha de informações que explica que gente perigosa, referenciada, circule à vontade dentro do espaço europeu ? O que é preciso fazer para, depois de identificados, controlar se não mesmo expulsar gente que a polícia sabe que mais tarde ou mais cedo vai matar?

Sem segurança não há liberdade e não se está a exigir que todos e cada um dos cidadãos a viver na Europa tenha um polícia à porta. Mas os referenciados, uma minoria de muçulmanos fanáticos, têm que ser vigiados, controlados, presos ou expulsos. Uma liberdade musculada com alvos bem precisos .

A Europa já recuou no uso pelas mulheres muçulmanas de vestuário que é uma boa forma de, à luz do dia, transportar armamento e material necessário para construir bombas. Financia mesquitas onde são pregados o ódio e a intolerância. Nas escolas retiraram-se os crucifixos mas as muçulmanas podem exibir vestuário que não são mais que evidências de um religião. Quanto mais recuarmos e aceitarmos o multiculturalismo que não é mais que cedermos no nosso modo de vida, mais sinais enviamos de fraqueza.

Não somos todos iguais mas temos que respeitar a diferença entre nós. Não podemos andar a morrer às mãos de meia dúzia de fanáticos. As ligações entre os autores dos atentados de Paris e Bruxelas mostra bem o que é preciso fazer. Sem exitações.

Será só o IVA que aumenta ?

O imposto sobre o IVA começa de imediato a cobrar mas o mesmo não se passa com os impostos indirectos. Não há como sair disto. Devolve salários e pensões com uma mão e retira outro tanto ou mesmo mais com a outra mão. Este é mesmo um orçamento à condição. Vamos ver como vão reagir o PCP e o BE. Mas que estão num grande entalanço.. talvez Costa lhes dê a volta.

Isto tudo ainda antes de o orçamento estar a ser executado porque nessa altura, sem almofadas ( 193 milhões nem sequer é um travesseiro quanto mais uma almofada...) o orçamento vai virar pesadelo.

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