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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O governo fecha os olhos à plantação da dor futura

Os factores que levaram à falência de bancos e famílias estão aí novamente. Mas o Banco de Portugal anda a dormir e o governo faz de conta que não vê. E não verá até às eleições. Depois não digam que ninguém avisou.

Melhor exemplo: acaba de ser lançado no mercado um produto que traz de volta o financiamento a 100% da compra de casa, com a agravante de já não arrastar apenas indiretamente os fiadores. Não, a sugestão é mesmo hipotecar também a casa dos pais, ou de outros familiares próximos. Plantar a semente da multiplicação da dor futura.

Pior, voltou o crédito à habitação mais obras, no mesmo regime de dupla hipoteca. O que quer dizer que os 100% podem vir a ser excedidos por via de habilidades várias.

A visão de curto prazo que levou o país à quase bancarrota voltou. E as consequências serâo as mesmas.

A mesma política dá o mesmo resultado : um trambolhão

Parece que temos uma bolha do imobiliário entre mãos tal como em 2010 . Com os preços a manter este comportamento as famílias e os bancos vão enfrentar o mesmo tipo de dificuldades.

Mas ao atacar esta bolha convinha que o governo distingui-se bem a situação dos pequenos investidores dos grandes investidores .É injusto dar o mesmo tratamento a coisas bem diferentes .

Se, como parece evidente, o aumento do preço do imobiliário se situa em níveis insustentáveis face ao andamento geral da Economia e dos salários é certo e sabido – nunca não foi assim – que, mais dia menos dia, para além das consequências sociais que daí advêm, teremos de lidar com uma correção dos preços e com a eventual exposição das famílias e da Banca a essa mesma correção.

A última vez que tal aconteceu, há quase 10 anos, o sistema financeiro ia colapsando, e arrastou consigo as economias e os Governos. Se há coisa a que devemos estar atentos, é a esta. Pode deitar tudo a perder. As bolhas pequenas, se não forem vigiadas, tendem a crescer. Até rebentarem. É da sua natureza

A China é a última ilusão comunista

China consumiu mais cimento em dois anos que os USA em todo o século XX. Cidades fantasmas onde não vive alma viva. Planeamento central da economia, economistas Keynesianos formados nos USA à mistura com um tímido empreendorismo privado levaram a economia Chinesa a crescer direita ao abismo.

A China é uma grotesca aberração económica, cujo modelo económico simplesmente não tem semelhança a nenhum outro modelo económico já adoptado por algum outro país em algum momento da história — nem mesmo ao modelo mercantilista de estímulo às exportações originalmente criado pelo Japão, e que já se comprovou insustentável. 

O governo chinês está nas mãos de um grupo de velhos comunistas que foram criados sob o regime de Mao.  Eles acreditam em planeamento central, ainda que de uma maneira mais diluída.  Eles enviaram seus jovens mais inteligentes para estudar economia nas universidades americanas.  Esses jovens retornaram para a China keynesianos.

A economia chinesa é hoje uma mistura maluca de empreendedorismo de livre mercado, de investimentos subsidiados e dirigidos pelo Banco Central, de mercantilismo keynesiano, e de planeamento central comunista.  Trata-se de um acidente monumental que está na iminência de acontecer.

Diziam à boca pequena que iria ser a economia mais forte do mundo e que já tinha ultrapassado os USA.