Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

O medo do Montepio e dos devedores do BES

A Helena Garrido está perplexa como nós todos devíamos estar :

Na última semana ficámos a saber que a Associação Mutualista Montepio Geral consegue obrigar o Governo a mudar leis. E que não se enfrentam devedores do Novo Banco por medo.

Por motivos insondáveis, assistimos à incapacidade ou falta de vontade do Governo de avaliar a idoneidade de António Tomás Correia para se manter à frente dos destinos do Montepio Geral Associação Mutualista.

E as declarações na Assembleia da República de dois responsáveis não deixam dúvidas que há medo dos devedores do BES. Melhor, de alguns devedores do agora Novo Banco.

É preciso dizer "não" algo que António Costa tem muita dificuldade em dizer. E quando diz é porque tem uma truque na manga . Não tem dinheiro para os professores mas já arranjou dinheiro para a redução do custo dos passes dos transportes públicos em Lisboa e no Porto.

A oposição tem nestas matérias muito a dizer . Se não tiver medo .

Há muitas semelhanças entre o que se passou no Montepio e no BES

No BES houve um governante que teve a coragem de dizer não a Ricardo Salgado . No Montepio não há quem no governo tenha coragem de dizer não a Tomás Correia. Mas os avisos de quem conhece muito bem os dois casos e até é membro dos órgãos sociais do Montepio não deixam dúvidas. Aos mesmos procedimentos correspondem os mesmos resultados.

Mas a verdade é que Tomás Correia não sai apesar de ser notório que já devia ter saído. O apoio de conhecidos políticos explica muita coisa. Há muito a esconder e há muita gente envolvida.

Aliás, basta ler os próprios relatórios da Associação Mutualista e da Caixa Económica, que hoje é Banco Montepio, e o muito que se tem escrito em volta disso, para perceber que a gestão do atual presidente e da equipa que serviu com ele o Montepio, por várias razões, destruiu centenas de milhões de euros de capital mutualista. Se formos ver a redução de capital do grupo que se verificou nos últimos cinco, seis anos, ultrapassa 700 milhões de euros. Mas isso é conhecido…

Tomás Correia mantem-se em funções mercê de duas coisas. A ausência de supervisões — a bancária, a de seguros, à própria CMVM em alguns aspetos, e também à da tutela direta que era a do governo — e a existência de uma densa rede de interesses e de cumplicidades.

A grande fraude vai repetir-se na CAIXA

Bem me lembro de ter estranhado que o relatório do BPI sobre o BES não ter tido consequências. E lembro-me que o BES andava a vender aos seus balcões aplicações no GES. E também estranhei que os clientes embarcassem na tramóia.

É que agora está a nascer uma batota igual. A CAIXA vai ter que arranjar mil milhões de euros no privado para realizar uma parte da recapitalização . E, como já é evidente, também vai vender os títulos aos seus balcões aos seus clientes. Com um juro de 5/6% vai ser uma fartura de interessados. E se a taxa referida não chegar a CAIXA até pode oferecer uma taxa pornográfica de 10%. Ajuda a fazer as contas. As velhinhas que têm lá os seus depósitos irão na conversa . Como foram anos seguidos na conversa do Ricardo...

Mas trata-se do estado, o Presidente da República já anda a ajudar a festa como os anteriores ajudaram na fraude do BES. Não há nem havia qualquer risco, está tudo sólido . Depois as velhinhas ficam sem o dinheiro, e os sabichões manipuladores vão arranjar desculpas vergonhosas.

António Costa não diz quem paga aos "lesados" do BES

UM DIGNO SUCESSOR DE SÓCRATES
Além da separação de poderes, uma das virtudes de uma democracia liberal é o escrutínio. O escrutínio gerado entre governo e oposição, ou entre poder político e comunicação social. O escrutínio tem um efeito dissuasor crucial e é essencial para a preservação do normal funcionamento de um regime democrático consolidado. Por isso, quem preza a democracia liberal só pode ser inimiga da sombra e de acordo secretos.
António Costa convive mal com o escrutínio e tudo faz para o evitar. O acordo alcançado com os lesados do GES é apenas o último exemplo disso mesmo. É inadmissível que um primeiro-ministro proponha um acordo a um conjunto de investidores, mas depois se recuse a prestar esclarecimentos sobre o papel do Estado e dos contribuintes nesse acordo.
O primeiro-ministro está a comportar-se de forma politicamente indigna. Pouco importa. A luz fará o seu caminho e aquilo que António Costa quer esconder acabará por ser do conhecimento público. A nódoa que fica, mais uma, é que dificilmente sairá. Aparentemente, temos um sucessor à altura de José Sócrates.

lesados.jpg

 

O artigo do dia: ninguem lavava mais branco que o BES - por Rui Ferreira

 

Este dinheiro tem dono. Mas até ao momento não apareceu ninguém a reclamar a sua titularidade e sua posse. E tenho a certeza que não irá aparecer.

Com um pouco de empenho e verdadeiro interesse, as autoridades competentes, conseguiriam descobrir, pelo menos alguma informação sobre quem são os detentores destes valores.

Mas em boa verdade, neste momento também não iríamos lucrar muito com isso.

Mas então se estes montantes têm dono, porque não aparecem a reclamar a posse deste dinheiro?

É simples: para o fazerem, teriam que revelar, quem são, onde ganharam estes dinheiro, quando o ganharam, e como o ganharam. E é precisamente aqui que estão as razões porque até hoje não o reclamaram.

Fica bem claro, que os titulares destes valores investidos no BES, não querem dizer quem são, de onde trouxeram estes dinheiros, quando, e como o ganharam.

Fica pois bem claro, que, quer os investidores, quer estes capitais, são pouco recomendáveis, para não recorrer a outros termos.

Mas nem tudo é mau. Estes valores ao não serem reclamados, poderão eventualmente contribuir para fazer baixar um pouco a factura da falência do BES, aos contribuintes.

Pelo menos por uma vez, o silencio da santa família, de alguma bandidagem ou gente corrupta, e das autoridades, sempre está a ajudar este santo mas desgraçado povo.

lavagembes.jpg

 

A CGD e o controlo público da banca

Eu sou pela CGD pública entenda-se mas, daí ao controlo público de toda a banca como querem o PCP e o BE vai uma distância incomensurável.

O BES é um mau exemplo de um banco privado que desapareceu na voragem da ganância de uns quantos. A CGD é um mau exemplo de um banco que caiu nas mãos de irresponsáveis protegidos pelos negócios finos do estado. Que venha o diabo e escolha.

Mesmo assim o BES ( banca privada) tem rosto a quem pedir responsabilidades. A CGD nem isso. É um poço sem fundo . Um buraco escuro onde o dinheiro desaparece .

O estado nos últimos anos já lá meteu 3,2 mil milhões de euros agora prepara-se para lá meter mais 4 mil milhões. Para onde foi o dinheiro ? Por entre os inquéritos parlamentares a CGD passa pelos pelos pingos da chuva. De que têm medo os deputados ?

A administração da CGD vai ter 19 administradores agora tem 14. Mesmo com tanto administrador ninguém vê nada. O crédito mal parado, os empréstimos para controlar o BCP. 

A CGD pública não dá lições a ninguém de boa gestão e administração dos dinheiros que lhe foram confiados.

Já temos um BES público

cgd.jpg

 Pronto, já temos um BES público...a Caixa é nossa. A diferença é que no caso da CGD não há suspeitos nem investigações, nem mesmo vítimas. Paga e não bufes...é tudo muito melhor, mais limpo e mais transparente sem tribunais e sem manifestações ruidosas . 

O saque aos clientes do BES estava na cara

Já vai em 10 mil milhões. Financiar as empresas do Grupo aos balcões do banco. Precisa de um investimento seguro e rentável ? Há sempre uma empresa no Grupo.

Um belo dia estava a mediar uma operação financeira elevada num banco de investimento. O meu cliente aconselhou-me a redobrar de cuidados. Estive à conversa com o representante do banco. E, às tantas diz-me ele, reforçando o argumento. Você já viu o que está a acontecer no BES ? Eles vendem os seus próprios produtos. Acredita mesmo que as empresas deles são sempre a melhor aplicação?

Aquilo fez-me abrir os olhos. É que o meu filho tinha feito uma aplicação e lá estava mais uma empresa do Grupo. Se bem me lembro foi na agora tão falada Escom. Claro que o rapaz nunca mais viu o dinheiro.

Ora, como se constata pela informação do técnico, o golpe era do conhecimento geral de quem trabalhava na actividade e não podia ser desconhecida pelas entidades de regulação. Estas coisas não se fazem sem o silêncio cúmplice da maioria e de quem tem poder.

Dez mil milhões é muito dinheiro e ainda mais gente. Que tinham o direito de serem aconselhados e avisados pelas autoridades. Mas como se diz na Beira Baixa "a burro que está a comer não se lhe mexe na barriga".

A lista do BES é potencialmente o maior escândalo de sempre em Portugal

Mais de cem nomes de políticos, gestores, jornalistas que terão recebido luvas do BES. Por estes dias há muita gente a dormir mal. Mas se a investigação continuar nas mãos destes jornalistas estou convicto que um dia saberemos quem consta na lista. As pressões serão muitas para abafar o caso.

A existência de “mais de uma centena de nomes que constam nessa lista de várias páginas”, que “incluem várias pessoas influentes”, “políticos”, “pagamentos durante vários anos a gestores do BES e da Portugal Telecom”, “ex-gestores, autarcas, funcionários públicos, gestores, empresários e jornalistas” que receberiam compensações regulares ou avenças pagas pela ES Enteprise, empresa do GES que tem sido investigada pela justiça portuguesa por suspeitas de funcionar como um saco azul.

E nós andamos a ver passar os comboios como se a influência do então "dono disto tudo" fosse tão natural que não precisasse de comprar ninguém.

aplausos.jpg

 

Há por aí gente com as pernas a tremer

José Maria Ricciardi não manda dizer por ninguém. O processo BES vai trazer a público muita coisa feia e muita gente poderosa que enriqueceu com as ilegalidade praticadas no banco e no grupo BES. O que está publicado no Expresso é arrasador para Ricardo Salgado que diz ter destruído com dolo e ilicitudes o grupo Espírito Santo. Prevê que haja ramificações do caso brasileiro "Lava Jacto" em Portugal por causa da PT e da OI.

Era um sistema que alimentava muita gente de forma imerecida .

expecon.jpg