Os aeroportos que servem Londres estão a cerca de 40 kms da cidade, Beja está a 120 kms . Esta distância mesmo que servida por um TGV é ou não impeditiva de servir Lisboa ?
É óbvio que as acessibilidades custam muito dinheiro mas também é certo que as potencialidades são muitas . Por outro lado soubemos agora que o aeroporto do Montijo será pago pela dona da ANA , a VINSI .
Ter um aeroporto dentro da cidade para quem viaja é uma grande vantagem pese todas as questões de lotação e ambiente . Não é possível manter o aeroporto de Lisboa a receber certo tipo de aviões ( mais pequenos e para gente que paga bem e tem pressa) e o aeroporto de Beja para os grandes aviões que transportam centenas de pessoas e percorrem ligações transatlânticas ?
Os portugueses não conseguem planear a médio e longo prazo talvez a pandemia, que não nos deixa ver que companhias de transporte aéreo vamos ter no futuro, nos dê tempo e sensatez para resolver um problema que nos ameaça há 50 anos.
Até por razões sentimentais - o meu pai foi o mestre de obras por parte do estado - gostaria de ver um estudo honesto sobre o aproveitamento do aeroporto de Beja.
Não pode ser aproveitado considerando estar situado no centro de uma área de produção e exportação de produtos para o centro da Europa , em vez das dezenas de camions que todos os dias percorrem as estradas do velho continente ?
A proximidade com o porto de Sines e com as praias e condomínios de luxo da costa atlântica Alentejana ?
Ainda por cima agora que, à conta da pandemia e desta crise na aviação, se concluiu que é absurdo ir-se investir no Montijo, com as implicações ambientais que este projecto tem", disse Ana Gomes. Para a candidata a Belém, este é o momento "de se repensar e pensar na utilização do aeroporto de Beja", considerando que esta infra-estrutura tem "capacidade" para ser "um aeroporto estruturante para o centro e sul do país". Para tal, acrescentou, é necessário que o mesmo seja servido por uma via ferroviária "de alta velocidade", dando o exemplo de Tóquio (Japão), "onde o aeroporto fica a quatro horas de distância por estrada, mas que de comboio se faz por muito menos tempo". Ana Gomes vincou ainda que também o Porto de Sines, outro dos pilares do "triângulo estratégico" para o desenvolvimento do Alqueva, "é uma infra-estrutura crítica da maior importância para a Europa", advogando que este "não pode ser gerido com uma perspectiva tacanha e limitada".
É esta a diferença entre as empresas privadas e as públicas. Quem está fora do negócio, do "core business", está fora das soluções. É assim em todos os negócios. O aeroporto de Beja não tinha qualquer utilização, enterraram-se lá cerca de 33 milhões mas aviões nem vê-los. A ANA, privada, em pouco tempo encontrou solução para aquela estrutura.
O aeroporto de Beja, que resulta do aproveitamento civil da Base Aérea n.º 11 e custou 33 milhões de euros, começou a operar a 13 de Abril de 2011, mas, desde então, apesar de aberto, tem estado praticamente vazio e sem voos e passageiros na esmagadora maioria dos dias.
"Espera-se que esta aposta da Hi Fly em Beja seja o primeiro passo para o desenvolvimento de uma parceria com vista ao desenvolvimento de outras actividades no aeroporto" alentejano, refere a ANA.
Segundo o presidente da Hi Fly, Paulo Mirpuri, citado no comunicado, o acordo estabelecido com a ANA para a utilização do aeroporto de Beja "como placa giratória para a frota entre contratos" da companhia, nomeadamente para o estacionamento e manutenção de aeronaves, é "bastante positivo".
O triângulo aeronáutico do Alentejo com os vértices em Évora, Sines e Beja deu hoje mais um passo na sua consolidação. A licença de ocupação para a construção e a exploração da unidade foi hoje assinada, no aeroporto de Beja, entre a empresa ANA – Aeroportos de Portugal, que gere a infraestrutura aeronáutica alentejana, e a AeroNeo, que tem sede em Portugal e é participada pela suíça GreenParts Holding.
“A AeroNeo, promovendo o seu conceito de valorização de ativos aeronáuticos e juntando numa única plataforma de excelência as atividades de manutenção, desmantelamento, gestão de peças e formação aeromecânica, ambiciona ser um ator principal na consolidação do ´cluster` aeronáutico” em formação no Alentejo” e “no fecho do triângulo industrial aeronáutico Beja-Évora-Sevilha”, disse.
O objetivo da unidade “é a revalorização de componentes aeronáuticos extraídos em aviões em fim de vida”, através de um processo que “parece muito mais uma clínica do que uma indústria de sucata”, explicou Dominique Verhaegen.
Num primeiro momento, a AeroNeo prevê transferir as operações pesadas para Sines, “onde já há um embrião de indústria de reciclagem”, disse, referindo, a título de exemplo, que as 16 toneladas de alumínio que serão extraídas de um Airbus 319 irão ser tratadas em Sines.
O aeroporto de Beja "continua a ter transporte de passageiros, mas não é um transporte regular de passageiros", o qual "vai chegar um dia", admitiu, estimando que a conclusão da A26 e o desenvolvimento do turismo em Troia "poderá criar fluxos" de turistas "mais permanentes" para o Alentejo.
É disto que Portugal precisa, minha gente. Investimento, transferência de tecnologia, criação de emprego
Há mais de 40 anos que o aeroporto de Beja começou a ser construído. O meu pai foi o director das obras representando o então Ministério das Obras Públicas. Depois de os Alemães terem abandonado aquela infra-estrutura e apesar do muito dinheiro lá gasto, nunca o estado conseguiu encontrar utilização adequada. Esteve todo este tempo a torrar ao sol abrasador do Alentejo.
Ainda se falou, no ano passado, que o aeroporto serviria milhares de turistas e as exportações dos produtos da área do Alqueva. A verdade é que se deserto estava, deserto se manteve.
Entretanto, o aeroporto mudou de mãos com a privatização da ANA e num anito já arranjou um projecto para dar trabalho à gente da terra e ocupação ao construído. Nem menos que uma fábrica para fazer a manutenção de aeronaves e para as desmontar. Negócio circular. Construímos em Évora, reparamos na Portela e em Alverca e agora desmantelamos em Beja.
Porquê só agora ? Porque os novos donos da ANA estão no negócio, conhecem muita gente, oferecem contrapartidas, tudo vantagens que o estado não tem nem nunca terá. Mais ou menos como está a acontecer com os Estaleiros de Viana do Castelo.
Não havia trabalho nem paz social, passou a haver. É por estas razões que as empresas públicas têm prejuízo .
Rentabilizar o aeroporto de Beja como centro logístico da carga do grupo, com sinergias com o porto de Sines. O objectivo é transformar aquela infra-estrutura num hub de carga do grupo ( TAP e Avianca) para a Europa.
Há aviões já disponíveis para substituir os velhos aviões da TAP .É a resposta à falta de aviões existente no mercado. Têm que ser encomendados aos fabricantes e há longas filas de espera. Para uma das propostas doze aviões estarão disponíveis dentro de dois meses e os restantes até ao fim do ano. Seis A330 ( longo curso) e seis A320 (médio curso).
Outra das propostas renova a frota da TAP com 53 aviões, sobretudo de longo curso, o que também alimenta a oferta comercial que não só reforça as ligações dentro do Brasil ( que são importantes porque depois alimentam os voos transatlânticos) como passa a ter mais voos de Lisboa para os Estados Unidos.
E, claro, injectar muito dinheiro na TAP ( 300 milhões) que mesmo assim não é suficiente para tirar a companhia da situação de falência técnica em que se encontra há muito. E renegociar a dívida de mil milhões à banca, prolongando os prazos pois são de curto prazo e exercem uma forte pressão sobre a tesouraria.
A ANA privatizada já começou a usar o aeroporto de Beja. Centenas de turistas franceses aterraram hoje neste aeroporto com destino aos hotéis de Tróia e do Alentejo. Esta primeira remessa faz parte de um "pacote" turístico que vendeu cerca de 40 000 dormidas. "
Esta a primeira de 20 operações entre os dois países a cargo da "GPS Tour", um operador turístico luso líder no mercado francês para Portugal. A Associação de Promoção Turista do Alentejo (APTA) acredita que com estas rotações possam "ser vendidas" 40 mil camas em diversas unidades hoteleiras da região. Grande parte dos turistas que aterraram em Beja visitam pela primeira vez o Portugal, mas o primeiro contacto com a região foi descrito como "fantástico", pelo sol, o céu azul e a beleza das paisagens vistas do ar.
Vitor Silva, presidente da APTA referiu que o Alentejo "é um mercado muito conhecido neste sector de turismo" revelando que além das férias de sol e mar em Tróia, "muitos vão para o interior", virados para a vertente de património e cultura.
Por seu turno Pedro Beja Neves, diretor da ANA, no aeroporto de Beja, justificou que estes voos significam "o caminho certo para a aposta que a empresa faz nesta infraestrutura", considerando que "é necessário" que todas as instituições "façam o seu trabalho" em prol do desenvolvimento da região.
Porto de águas profundas de Sines - água da barragem do Alqueva - Aeroporto de Beja . Três vértices essenciais para o desenvolvimento do país.
No aeroporto de Beja já se iniciou a actividade de manutenção e reparação de aviões como complemento à Portela. Paralelamente o transporte aéreo de produtos agrícolas para o centro e norte da Europa. Um dos maiores produtores e exportadores de fruta tem assegurada a primeira carga em Junho . A fruta, neste caso, a uva de mesa chega ao destino no mesmo dia em que é apanhada. Por estrada demora quatro a cinco dias.
Com o aumento do regadio, a água de Alqueva vai desenvolver ainda mais a produção agrícola de verdes com destino à Europa.
Sines é o primeiro porto de águas profundas que os grandes navios de carga que atravessam o Canal do Panamá encontram vindos do pacífico. Isto só é possível com as obras de alargamento do canal que estão a terminar agora.
Um triângulo de ouro que os governos socialistas sempre apadrinharam. O seu a seu dono!