A ilusão percentual
O PIB do primeiro semestre de 2017 permanece abaixo dos máximos de 2007 e 2008. Até no primeiro semestre de 2011, quando da iminência da bancarrota, o primeiro ministro, José Sócrates, teve de pedir ajuda financeira da troika, a economia portuguesa conseguiu gerar mais riqueza do que agora .
Tão importante quanto a percentagem é conhecer o ponto de partida, ou seja, a base sobre a qual é calculada a taxa de crescimento. Ora, convém lembrar que a base destes 2,8% foi o PIB do primeiro semestre de 2016, o período logo após a tomada de posse do governo, que ficou marcado pelo colapso do investimento e pelo abrandamento da economia .
Crescer a partir de uma base baixa, como foi o caso do primeiro semestre de 2017, é bem mais fácil do que crescer de uma base mais robusta, como será o caso do segundo semestre de 2017.
É por isso que ninguem arrisca elevar a fasquia para os 3%.