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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Não às barragens e não à exploração de petróleo

As barragens estragam a paisagem e a qualidade da água. O petróleo estraga a paisagem e afugenta o turismo. Ficamos dependentes das importações de energia, do carvão e dos hidrocarbonetos. E do vento e do sol.

Eu também não me importava ( salvo a dependência das importações) mas será boa ideia deixar a água continuar a correr para o mar ? E a energia produzida a partir do vento e do sol é suficiente ?

Importamos entre 6 000 milhões e 8 000 milhões por ano em petróleo e gaz. Se a quantidade existente em Portugal for suficiente para ser explorada comercialmente seria o ponto de viragem da economia nacional. Mas há quem esteja contra.

Antes das plataformas de extração já cá temos as  plataformas de protesto. Não ao gaz. Não ao petróleo. Não às barragens.

 

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Se voltarmos ao betão criamos no imediato 90 000 postos de trabalho

Há que dizer que a reabilitação urbana é mesmo necessária e que há muitos investidores interessados. Essa aposta é hoje visível em todo o centro de Lisboa. E já há quem aponte baterias para o Porto. Há necessidade, há dinheiro e há investidores. Falta o governo dar prioridade já que as câmaras também estão interessadas.

Mas o "canto da sereia" envolve a construção das barragens previstas no plano nacional e a construção de mais umas tantas auto-estradas. Mais um poucochinho e estamos novamente na política do betão. Porque há que dizê-lo, o dinheiro que for investido no betão vai faltar noutras actividades. E nós já todos vimos no que deu essa política.

Segundo o sindicato, “estes 90 mil postos de trabalho seriam criados no imediato, mas, dado o avançado estado de degradação de esquadras da PSP, de quartéis da GNR e de bombeiros e da via férrea, poderiam ainda ser criados, a médio prazo, mais 30 mil postos de trabalho”.

Assegurando que “há dinheiro para isto”, Albano Ribeiro admite que “uma ou outra” obra venha a avançar na sequência deste alerta do sindicato, mas adverte que “todas devem ser lançadas o mais rapidamente possível e não só na véspera das eleições, por uma questão de votos”.

Ora, por uma questão de votos, era bem mais fácil dar à manivela à betoneira desde já.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Construam-me, porra!

Era o grito escrito numa das paredes do Alqueva. Não andava. Porque inundava campos e aldeias; destruia habitas; estragava o vinho alentejano...

Hoje aqueles campos gritam mas é de verde e de actividade agrícola. E de turismo.

Depois tivemos as figuras rupestres de Foz Côa que não sabiam nadar. O museu iria mudar a região. Não mudou nada, como seria de esperar.

Agora é a Linha desactivada do Tua. De uma beleza extraordinária, é verdade. Mas eu continuo a não perceber como é que a água pode continuar a correr para o mar. Quando se sabe que a água vai ter uma importância cada vez maior nas nossas vidas. E que a seca espreita muito especialmente os países mediterrâneos.

Aqui na barragem do Tua já se enterrou a central electrica para reduzir o impacto visual. Está assegurado que a classificação do Douro Património Mundial não corre perigo. Neste país não é nunca possível chegar-se a consensos?

 

 


A barragem do Foz Tua

Deve a água continuar a perder-se no mar? A barragem do Foz Côa não se construiu porque as imagens "não sabem nadar". Aconteceu alguma coisa de relevante? A barragem do Alqueva iria alterar drasticamente o ambiente a ponto de  modificar ( para pior) o vinho da região. Aconteceu alguma coisa de relevante?

Em Alqueva temos um pólo de desenvolvimento excepcional que está a modificar o ambiente para melhor. O regadio é  uma mais valia poderosa para a agricultura do Alentejo. Em Foz Côa as gravuras continuam a não saber nadar mas nada aconteceu. Aliás, as gravuras são a primeira impressão humana na paisagem. O homem primitivo foi o primeiro a modificar a paisagem.

O desenvolvimento tem custos e não é possível o país ser sustentável sem barragens, que modificam a paisagem tal como as eólicas, as vias férreas e as autoestradas. O segredo é o desenvolvimento a par com a preservação do que é verdadeiramente importante.