Voltamos ao défice de bens e serviços com o exterior. Importamos mais do que exportamos. Este sinal é talvez o mais significativo de todos. Balança comercial deficitária após nove anos com excedentes.
“Ao longo do horizonte de projeção, e tal como em 2018, o contributo da procura interna para o crescimento do PIB será superior ao das exportações. Neste contexto, o crescimento das importações será maior do que o das exportações, o que se traduz num saldo negativo da balança de bens e serviços a partir de 2020“, diz o boletim publicado pelo banco central."
Apesar de apontar para uma degradação em 2020, a instituição prevê que a balança corrente e de capital mantenha uma posição excedentária até ao final do horizonte de projeção (2021), “com um contributo importante do aumento esperado das transferências da União Europeia (UE) neste período.
E o seguro de vida ( UE) lá nos vai mantendo ligados à máquina
As exportações travaram a fundo em Setembro agravando o défice da balança comercial que já vai em 1,18 mil milhões de euros. As importações também travaram mas menos.
Em termos acumulados, o terceiro trimestre de 2017 foi o pior desde os três meses terminados em Dezembro de 2016, no que se refere às exportações. As vendas de bens para o exterior cresceram 7,6% no trimestre terminado em Setembro, registando assim um abrandamento do ritmo de crescimento trimestral pelo segundo mês consecutivo. Este é mesmo o ritmo de aumento das exportações mais brando desde o final do ano passado, período em que cresceu 4,9%, mas em que as exportações vinham a recuperar.
Foi sempre pelo défice das contas externas que Portugal teve que pedir ajuda externa primeiramente pela dívida e depois por programas de intervenção.
Até Setembro o país já tinha importado 200 000 carros através de crédito bancário e a compra de casas com recurso aos bancos também já despertou a tal ponto que os preços dispararam e já há quem fale em bolha.
As mesmas medidas dão o mesmo resultado e agora só falta que alguma coisa corra mal lá fora. Já nem sequer está nas nossas mãos.
Teodora Cardoso : "E não é esse o único problema: “Por outro lado, o turismo tem estado a produzir um efeito que tem de ser tido em conta com grande prudência, que é o aumento dos preços do imobiliário, que como sabemos foi um dos motivos da grande crise de 2011”.
As importações aumentaram quase três vezes mais do que as exportações, assim degradando ainda mais a balança comercial. Numa palavra estamos a gastar mais do que o que produzimos..
Foram avisados que as reversões deviam ser feitas à medida da produtividade, de forma escalonada, mas o populismo é sempre mais forte.
Não tarda vamos ter os que agora incentivam a gastar mais a exigirem que não se pague e a dívida que não para de crescer é para gerir. Os défices sim são para reverter mas esses nem tanto. Se não descem quando o PIB cresce...
E já vem de longe :
O INE também deu conta esta sexta-feira de uma revisão nos dados de 2016 para o comércio internacional e o resultado é pior que o assumido.
Segundo o Instituto, as exportações da economia portuguesa terão sido inferiores em quase 300 milhões de euros ao estimado nos resultados preliminares. As importações também foram revistas, mas em alta, em mais de 100 milhões de euros.
No total, as novas contas demonstram que o défice comercial – saldo entre o que foi vendido e o que foi comprado ao exterior pela economia portuguesa – terá sido superior em 401 milhões de euros ao que se pensava.
As contas de 2015 também sofreram uma revisão, com o INE a dar conta que as exportações terão sido inferiores em 175 milhões de euros nesse ano em comparação com os números que eram conhecidos.
4ª República : ... estamos a testemunhar uma verdadeira revolução económica, que se traduz numa total inversão do desequilíbrio de contas com o exterior em que o País viveu durante mais de 15 anos e que nos endividaram até ao limite das forças... 2. A informação da última edição do Boletim Estatístico do BdeP, divulgado na semana passada, referente ao período até Maio, é muito elucidativa a este respeito, como se depreende pela evolução das principais rubricas da Balança de Pagamentos com o exterior:
– Saldo das Balanças de Bens + Serviços = + € 875 milhões
- Saldo das Balanças Corrente + Capital = + € 1.437 milhões
3. Em função do padrão habitual intra-anual, estes excedentes deverão aumentar significativamente nos próximos meses, tendo o BdeP, no Boletim Económico de Verão, divulgado também na pretérita semana, apresentado projecções de superavits para o conjunto do ano em curso que atingem 3% e 4,5% do PIB para as Balanças de Bens+ Serviços e para as Balanças Corrente+Capital, respectivamente, aumentando para 4,9% e 6% do PIB em 2014. 4. Ao mesmo tempo, existem informações que parecem confirmar que a economia terá abandonado tecnicamente o “mood” recessão já no 2º trimestre do corrente ano, esperando-se que o PIB venha a apresentar uma variação positiva, em relação ao trimestre anterior, após 10 trimestres SUCESSIVOS de declínio...
No 4ª República, Tavares Moreira põe o dedo na ferida. (...) Trata-se da confirmação da mais importante viragem estrutural no desempenho da economia portuguesa, que em pouco mais de 2 anos consegue passar de défices correntes anuais superiores a 10% do PIB para uma situação de mais do que provável superavit em 2013."
Resultado do aumento em 50% das exportações e da redução em 50% das importações. "Como já aqui tenho referido, esta mudança radical de desempenho da economia portuguesa tem de ser levada fundamentalmente a crédito de um extraordinário esforço de reconversão do sector empresarial privado – empresários e trabalhadores – que não têm poupado esforços e sacrifícios para conseguir sobreviver e ultrapassar as imensas dificuldades para que o País foi arrastado fruto, não exclusivamente mas em 1º lugar, do horrível "trabalho" de uma classe política irresponsável e incompetente...
Alguém ouviu os comentadores encartados falar deste resultado?
Boas notícias: duas décadas são vinte anos, é muito tempo. As empresas estão de parabéns!
“A economia portuguesa apresentou uma capacidade de financiamento em 2012, tendo o saldo da balança corrente e de capital passado de um défice de 5,8% do PIB em 2011 para um excedente de 0,8%”. Esta evolução positiva deve ser prosseguida em 2013 e 2014, representando um “aspecto marcante do processo de correcção do desequilíbrio externo, depois dos défices muito elevados registados durante um período prolongado”.
A melhoria do saldo externo, acrescenta o BdP, terá um impacto favorável na posição de investimento internacional da economia portuguesa e representa mais um "aspecto marcante da actual projecção".
Com o aumento das exportações e a redução das importações a Balança Comercial teve um comportamento muito positivo em 2012 .
No quarto trimestre, as exportações subiram 1% e as importações recuaram 3%, "o que determinou um desagravamento do défice da balança comercial no montante de 533,7 milhões de euros", afirma o instituto estatístico. A taxa de cobertura situou-se em 81,2%, o que corresponde a uma melhoria de 3,2 pontos percentuais face à taxa registada no mesmo período de 2011.
O comércio intra-comunitário, para onde Portugal vendeu 70% dos produtos no quarto trimestre de 2012, as exportações caíram 2,5% e as importações recuaram 5%, no último trimestre do ano face ao período homólogo.