Afinal a vitória esmagadora foram menos três mandatos
Há quem tenha feito as contas . Aqui no Corta - Fitas .
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Há quem tenha feito as contas . Aqui no Corta - Fitas .
Avanços e recuos como diz Jerónimo . Para o PSD foi uma grande derrota mas para o PCP "os progressos eram uma realidade" e para o BE a vitória foi eleger um único vereador em Lisboa.
O PS ganhou o que os outros perderam fazendo a mesma política pró-europeia . Baixar o défice, melhorar a economia e o emprego. Esta cena não vai ser bem engolida pelos partidos que, pelos vistos, são mesmo de protesto e dão-se mal por integrarem o "arco governativo ".
O PS precisava desta vitória para legitimar a geringonça, foi por isso que Costa não falou de outra coisa. A leitura nacional das autárquicas. Claro que há uma leitura nacional mas que também trás problemas ao PS.
O PCP vai trazer a CGTP para a rua e assim quebrar a paz social ? As reversões vão ser esquecidas por serem poucochinhas ?
Ora, também é verdade, que ninguém se atreve a abrir uma crise pois seria seriamente penalizado nas eleições antecipadas que daí resultassem. Então como é que ficamos ? Com uma geringonça que rodará muito mais dificilmente, com os apoios parlamentares mais exigentes com vista a encontrar um pretexto para se libertarem .
Entretanto, como cabe aos vencidos, o PSD vai encontrar o seu caminho para corresponder às novas e redobradas dificuldades governamentais.
Em Democracia não há vencedores nem vencidos eternos .
Depois do mínimo histórico de 2016 esperava-se que em 2017 o investimento público arrancasse mas passado meio ano não é isso que se verifica. As cativações falam mais alto e o controlo do défice exige-o. Não é austeridade ? Chamem-lhe o que quiserem.
Como estamos em ano de autárquicas o investimento local está a crescer.
A contribuir para a baixa execução do investimento estão a Infraestruturas de Portugal, os metropolitanos e o sector da Saúde e o da Educação, mas também os metropolitanos, diz a UTAO.
Na análise por programa orçamental, "destaca-se o contributo dos programas orçamentais Saúde e Ensino Básico e Secundário" para "o baixo grau de execução do investimento", enquanto por entidades, "os principais contributos para o baixo grau de execução advêm do Metropolitano de Lisboa, Programas Polis e Metro do Porto", escrevem os técnicos da UTAO.
E é assim que se consolidam as contas cortando no futuro.
De facto, segundo uma projeção do instituto BVA, a direita obteve 48% dos votos contra 43% para a esquerda, que tinha conquistado a maioria há seis anos. A Frente Nacional deverá ter obtido 7% dos sufrágios na primeira volta das eleições municipais em França. Veja aqui o vídeo. Parece que aquela leitura muito portuguesa dos resultados das eleições, em que todos ganham, foi adoptada pela madame Le Pen. No caso o que se pode dizer é que os socialistas de Hollande perderam mas não mais do que isso . E para as europeias também vão perder, mas não é certo que percam as legislativas. Por cá passa-se o mesmo.
Estes avisos que os eleitores vão deixando não caiem em saco roto. Na Alemanha a Srª Merkel foi obrigada a coligar-se com o SPD ( sociais democratas) e esse exemplo vai dar frutos. Entre nós tudo aponta ( as sondagens ) que PSD e PS vão ter que se entender à volta do essencial. E o mesmo se diga para os países em dificuldades já que, nos que estão bem, governos de coligação são o normal. Nos sistemas de dois partidos (US e UR ) é, claro, que não podem coligar-se mas estão mais do que entendidos no essencial. Afinal, entenderem-se no fundamental é a essência da governação em democracia.
E tem a ver também com a importância do que se ganha ou do que se perde. A hipótese de Menezes perder no Porto é muito mau para o PSD. A vitória absoluta de Costa em Lisboa é muito má para Seguro. E o PS também vai perder câmaras no Alentejo para o PCP.
Depois temos o número de votos total a nível nacional . Se o PS tiver bastantes mais votos estas eleições vão ser as primárias para Seguro e Costa.
Os Lisboetas devem estar atentos porque o verdadeiro candidato do PS é o segundo da lista. Bem sei que Seara não ganha nem que o túnel do Marquês desabe, mas uma grande vitória de Costa vai mudar tudo dentro do PS , isso é certinho. E, a dois anos das legislativas, vamos ver se o PSD chega a bom porto com o memorando e se o PS não inicia uma tortura interna.
Ver o restante aqui:
As autárquicas vão reflectir estes dois anos de austeridade, e a limitação de mandatos vai reforçar essa tendência. "Porque esta é a primeira vez que vai haver eleições no seguimento da deterioração da situação económica e social do país desde o acordo com a troika; é a primeira ocasião que o eleitorado tem de votar em função desse descontentamento e é nas grandes cidades, como Porto, Lisboa, Coimbra, Aveiro, Braga, que se espera ver um efeito maior desse descontentamento".
Segundo Marina Costa Lobo, o que acontecer no Porto vai ter repercussões no PSD, que lidera a câmara. "O legado de Rui Rio não tem continuidade e, sendo assim, não vai reverter a favor do partido. Esses dois factores vão dificultar a vida aos sociais-democratas", prevê.