Para além das taxas e taxinhas que todos os dias nos caiem no regaço ( hoje o IMI das casas recuperadas) temos uma geral de aumento dos preços.
Isto apesar da inflação andar abaixo dos 2% que o BCE tem como objectivo mas isso também não interessa nada, não é verdade ? Feitas as contas lá se vai uma parte considerável dos aumentos poucochinhos dos salários e das pensões.
Aumentos em produtos de primeira necessidade mas o que está a dar é Marcelo no hospital e a golpada do financiamento dos partidos. Ah, o aumento do salário mínimo não tem nada a ver com isto ( com a produtividade ) e a carga fiscal sobre as empresas também não.
Se bem me lembro as associações patronais avisaram mas pronto, ficamos assim, até porque sem fazer contas quem é que está contra a subida do salário mínimo ?
Primeiro foi o imposto sobre o combustíveis que é pago pela classe média e as empresas. Depois o IMI, o sol e as vistas. Tudo para aumentar os funcionários públicos que são os seus votantes. Agora vem aí um brutal aumento de IRS que vai apanhar mais de 370 000 contribuintes. Novamente a classe média.
E como se faz ? Cria-se uma nova classe média. Quem ganhar 1 000 euros passa a pagar IRS. Simples, fácil e dá dinheiro. E quem vai ser aumentado ? Os funcionários públicos e os pensionistas que votam na esquerda.
Ao mesmo tempo que os impostos aumentam, a despesa operacional pública vai crescendo, tudo compensado com o corte na despesa do investimento o que equivale a dizer que estamos a hipotecar o futuro. Não cresce a economia e não há criação de postos de trabalho.
Quando a economia não cresce, vir dizer que não há aumento de impostos, ao mesmo tempo que se aumentam salários e pensões, só pode ser à custa de dívida. A tal que não cessa de crescer e que nos leva 8 mil milhões, tanto como o SNS. A tal que os que não sabem viver sem ela querem "negociar".
Para terem mais margem e mais tempo para gastar. Os credores é que não compreendem esta visão libertadora e revolucionária. O nosso empobrecimento é a solução encontrada pela extrema esquerda.
Vai ser o IVA. É fácil, é imediato e dá milhões . E a redução do IVA na restauração não cria postos de trabalho mas aumenta os lucros.
Entretanto, enfermeiros, médicos e pensionistas chegam-se à frente também querem ganhar mais. Foi aberta a Caixa de Pandora. As 35 horas patinam, não serão para todos e não entram em aplicação em 1 de Julho. O orçamento não comporta a despesa. E, em troca, os sindicatos salvos por Costa vão exigir o quê ?
O investimento deu um trambolhão de todo o tamanho, os investidores olham com desconfiança para um governo que se apoia em partidos anti-capitalistas e anti- Europa. E a desgraça do desemprego, assim, não tem como ser resolvido.
Perante este desgraçado cenário Marcelo e António Costa correm para Bruxelas jurando o que escondem cá dentro. Costa perante o comportamento da economia diz que o mau desempenho é porque está a acomodar. Já acomodou diz o PM agora é que vai ser. Não há nenhuma hipótese de chegar aos 1,8% orçamentado . E menos economia dá menos receita.
O consumo interno acelerou com a compra de automóveis como se previa.
O Jerónimo de Sousa já anda a bater mal a Catarina, coitada, ainda não percebeu que se acabou a virgindade. O orçamento com a reversão das medidas que tanto exigiram vai ter medidas que aumentam impostos . Não há nenhuma viragem de página. Vão ter que apoiar medidas de austeridade
A margem de negociação com Bruxelas é pequena diz a Ministra do Mar. Pois, alguém vai ter que manter os objectivos previstos no Tratado Orçamental. O PS já anda a dizer que o orçamento não é só seu, como quem diz que a culpa é das medidas exigidas pelos comunistas e bloquistas. Uma coisa é certa, vão ter que aprovar o orçamento. Se não o fizerem é suicídio politico.
Se alguma vez o governo precisar do apoio da oposição o primeiro ministro deverá apresentar a demissão disse Passos Coelho. Ninguém compreenderia que o partido que ganhou as eleições mantivesse o partido derrotado no governo. Aprovem o orçamento e marquem eleições antecipadas para o próximo Outubro. Para que a situação politica seja transparente e de acordo com a votação dos eleitores.
O Ministro das Finanças já está queimado e os restantes têm ordens para não abrir o bico. António Costa deve estar a guardar alguma coisa que o salva a ele mas enterra mais o PS. Convencer Marcelo a convencer Passos Coelho a segurar o governo por mais uns meses.
O PCP não perde uma oportunidade para o lembrar. 122 deputados são mais que 107 graças aos deputados do PCP e do BE. Fora do Parlamento, António Costa, que sempre pediu a maioria absoluta, perdeu em toda a linha. E isso vê-se pelo comportamento dos partidos que apoiam o governo.
A CGTP já está na rua com greves e manifestações. O BE recomenda que o governo não se esconda atrás do Banco de Portugal nos casos do BES e do Banif . O PCP lembra a todo o momento que não integra o governo. mantém a sua autonomia politica intacta.
Centeno não é capaz de dizer onde vai buscar mais receita para cobrir o aumento da despesa mas, é óbvio, que o reajuste dos escalões do IRS não é mais que um aumento dos impostos . Os mesmos de sempre, pagam.
Este PS fraco serve à esquerda radical, a quem mais serve? Na companhia do PCP e do BE, Costa pode repor rendimentos e aumentar impostos. Mas preparar o país para competir no mundo do euro, da UE alargada e dos mercados abertos, e construir um sistema social eficiente e sustentável, como tenta Matteo Renzi em Itália ou propõe Emmanuel Macron em França?
O PS está na posição que o PCP sempre quis . Graças à ambição de António Costa.