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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Quando o aumento dos salários é uma renda excessiva

É como injectar ar para um pneu furado .Aumentar salários numa economia que não cresce.

Antes de se discutir o salário mínimo discutiram-se as rendas excessivas. As rendas garantidas são contratos celebrados entre o Estado e empresas para estimular o investimento, e só serão excessivas se o benefício concedido for superior ao produto obtido. Também o salário mínimo é uma renda garantida para estimular a justiça social e sustentar a procura interna - mas será uma renda excessiva se não houver crescimento económico, porque é distribuição sem competição.

E se a crise da peste gera dívida quando há despesas sem receitas, não se pode esquecer que antes da crise da peste já há muito se acumulava dívida e não havia crescimento - já há muito se injectavam impulsos na economia e o pneu continuava furado a danificar a jante. Quando agora se volta a discutir o aumento do salário mínimo sem dizer nada sobre a taxa de crescimento da economia e sobre a dívida acumulada, mas repetindo o argumento de que é preciso sustentar a procura interna, terá de se reconhecer que não se esqueceu nada e não se aprendeu nada, insiste-se em encher um pneu furado sem primeiro consertar o furo.

 

Portugal volta ao lixo

Se a consolidação orçamental abrandar. Se as reformas estruturais enfraquecerem. Se...

Tudo a reflectir o que se vai sabendo. A agência de rating S&P avisa que descerá o rating de Portugal o que se traduzirá por juros mais altos e maior dificuldade em obter empréstimos.

Temos todas as razões para temer a reversão do caminho positivo até agora seguido. As instituições internacionais e o próprio Banco de Portugal apontam para um crescimento da economia entre 1,5% e 1,7 em 2015 e 2017 . O governo para equilibrar as contas aponta para crescimentos de 2,4% em 2016 e uns milagrosos 3,4% em 2017. Tudo num país que não cresce há 15 anos.

Há tantos "ses" que até assusta . Esperemos que a ponderação regresse e que PCP e BE deixem de pressionar o PS para fazer o que não pode. Quem não tem dinheiro não tem vícios. Jerónimo não para de avisar que a politica deste governo vai ser a mesma da do anterior, no essencial. E tira a conclusão. Só fora do Euro. Só fora da União Europeia.

Contrariamente ao que nos querem fazer crer esta "posição comum" assusta os credores e muito. Veio na pior altura quando o país já apresentava sinais positivos. A factura que António Costa vai apresentar ao país será muito difícil de pagar.

Nunca desejei tanto estar enganado.