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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O Novo Banco é um poço sem fundo

Há uma auditoria a correr ao Novo Banco e o mais sensato é deixar que o resultado seja conhecido para se perceber se ambos os lados que assinaram o contrato estão a cumprir. É que um contrato tem duas partes . A torneira do dinheiro está aberta e se o Estado não encontrar maneira de a fechar não se espere que seja o comprador que o faça.

Nem mais um euro para o Novo Banco era a palavra de ordem do PCP e do BE e o PSD, pelo menos por agora, fez-lhes a vontade . Lá para Maio, após a auditoria vamos ver.

É claro que isto tem que ser muito bem explicado às instituições financeiras. Ninguém compreenderia que o contrato não fosse cumprido pelo Estado português e daí resultariam nefastas consequências. Outra coisa é do foro criminal. Há ou não razões para que quem assinou o contrato naqueles termos seja chamado ao Ministério Público ?

O que se sabe é que os activos do ex-BES estão a ser vendidos com enormes e escandalosas menos valias. Há que saber porquê e a quem estão a ser vendidas. Coloca-se no mercado produtos com cerca de 13 mil casas a vender em conjunto. Desde logo a maioria das pessoas e das instituições ficam arredadas do negócio por incapacidade financeira e pouco se sabe o que esconde o produto vendido. Quanto valem a preço de mercado aquelas 13 mil casas ?

O mais certo é estarem a ser vendidas pelos montantes que constam dos créditos em incumprimento muito abaixo do valor do mercado. Há que saber porquê. E ainda mais certo é o comprador estar a ganhar a dois carrinhos porque no fundo da cadeia são uma e a mesma instituição.

Não sabemos mas é preciso saber. E o governo não faça de conta que o PCP e o BE votaram de maneira diversa do PSD.

Na Caixa é o governo quem mais ordena

Depois de alguns dos responsáveis pelo que se passou na Caixa terem posto as mãos no chão e terem dado uns coices em quem vai pagar a factura o governo ordena uma auditoria desde 2000.

Há muito medo no ar e isso é tão evidente que o governo se viu obrigado a avançar com o exame às contas, não sem antes os galambas, as mortáguas e os ferros ferrugentos não tenham tentado que tudo ficasse como antes quartel general em Abrantes.

Num momento não era a verdade que defendia a reputação da Caixa era o esquecimento. Tudo porque é pública e não se podia concluir que no banco público as maroscas sejam tão sujas como nos bancos privados.

Até Sócrates veio nervosamente recordar que tudo o que se faça para destapar a verdade na Caixa é uma narrativa contra sí próprio. E avisava, olhem a lama que vai cair sobre todos nós. Não é melhor deixar tudo como está ?

O nervosismo foi demasiado notório pelo que o governa não teve margem para recuo. Corajosamente, é ele quem ordena o exame , e enquanto acelera na queda ( vejam-se as más notícias nos índices económicos) e não bate no chão, vai gritando que não dói nada...