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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O corte do financiamento às escolas privadas não devolveu o aquecimento às escolas públicas

Os alunos não têm aquecimento nem papel higiénico. Por outro lado, a FENPROF, apresentando uma petição idêntica para cada distrito do país (a de Coimbra, por exemplo, foi a petição 414/XII/3), acusava o governo de, através do financiamento a colégios privados, desviar verbas que impediam as escolas públicas “de pagar despesas de água e electricidade, gás ou aquecimento das salas de aula."

Mas os problemas nas escolas prevaleceram. 2018 começou com a denúncia de atrasos na transferência de verbas para as escolas suportarem despesas básicas, tais como o aquecimento das salas de aula. Há directores de escolas que apontam às “gravíssimas limitações financeiras”, que se queixam do peso dos encargos básicos após a festa da Parque Escolar.

Ora, já não havendo PSD-CDS no governo para responsabilizar, o ministro da Educação limitou-se a garantir a inexistência de atrasos nas transferências de verbas às escolas – como se os directores estivessem a inventar um caso.

Alguém tem culpa não é António ?

Descongelar as carreiras e congelar os alunos na sala de aula

É esta a austeridade proposta e executada. Os funcionários públicos e os pensionistas votam os alunos não. É trocar as dificuldades de uns pelos outros. Beneficiar os mais fortes e prejudicar os mais pobres.

Na saúde e na educação e em tudo o mais que é serviço público.

Nas escolas os alunos tiritam de frio porque não há dinheiro para manter os aquecedores ligados. É este o sucesso do século como arranjará maneira de explicar ao povo que deixou morrer nos incêndios de verão. É este o estadista.

E também falta o material escolar . Os humoristas do meu tempo deixavam escrito nas paredes : na aula de educação sexual falta o material, mas agora falta o lápis e a borracha.

"Se tivessem os aquecedores ligados, o dinheiro não chegaria e muitas assumem que não os podem ligar", conta Filinto Lima, que aproveita ainda para criticar os projetos orçamentais "para inglês ver" que as escolas têm de apresentar. "O nosso dinheiro vai todo para pagar água, luz, telefone. Por exemplo, eu pedi cinco computadores no orçamento e não veio nenhum. Era fundamental adquirir material informático para as escolas, os computadores estão obsoletos e a rede de internet é miserável"

É este o futuro com esta governação habilidosa de cativações que pesam nos mais pobres.