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BandaLarga

as autoestradas da informação

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É ABORTO

Com surpresa, ouvi ontem na Antena 1, o Prof. Malaca Casteleiro retorquir com veemência a um interlocutor que verberara a palavra "fato, forma gráfica imposta do que, no português europeu, se escreve "facto". Explicou o Professor, apodado de "pai do acordo" na apresentação do programa, que assim não era. Como o "c" se pronuncia, continua a escrever-se da mesma forma. Mas não é. Com esforço, lá fui ler a parte do texto repugnante. Da Base IV: "c) Conservam-se ou eliminam-se facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer geral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e carateres, dicção e dição; facto e fato, sector e setor, ceptro e cetro, concepção e conceção, corrupto e corruto, recepção e receção;" Quando o pai não conhece o filho, algum deles não há-de ser grande espingarda. Ou não chegou a nascer. É aborto.