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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A Lei de bases da Saúde de Arnaut sempre contemplou contratos com privados

Ao contrário do que a esquerda nos quer fazer crer a Lei de Bases da Saúde de Arnaut sempre contemplou contratos com privados.

Como há uns tempos explicou Dulce Salzedas, a jornalista especializada em saúde da SIC, a lei do Serviço Nacional de Saúde de 1979, a grande obra de António Arnaut que só foi aprovada à esquerda, sempre contemplou contratos com privados. Na verdade, era uma lei bem mais “liberal” do que a actual proposta do PS. Assumir o legado de António Arnaut e de João Semedo é chegar a consenso dentro da maioria de esquerda – que foi o que fez a direita quando lhe coube governar. Será trágico perder a oportunidade.

Mário Jorge Neves,  lembra, e bem, que “mais vale um pássaro na mão do que dois a voar” e que “hipervalorizar as PPP desvalorizando o que já foi conseguido”, como as isenções de taxas moderadoras ou “a definição estratégica do primado da gestão pública”, é um erro crasso. Ou, como diz o médico, “uma atitude irrealista pouco consentânea com a defesa do SNS”. Arnaut e Semedo defenderiam o que diz Mário Jorge Neves.

Como aumentar as filas de espera no SNS

Hoje há o lançamento do livro cujos autores - António Arnault e João Semedo - nos querem explicar como se aumentam as filas de espera nas consultas e nas cirurgias no SNS . Os doentes podem bem esperar está bem de ver não são para aqui chamados.

E o argumento é arguto e nada ideológico. Acabar com as PPP na saúde e estatizar a 100% por forma a extinguir os privados. Como se vê cá estamos com a solução de sempre. Estatizar.

António Costa, como é seu timbre vai comparecer mas a título pessoal não vá comprometer-se. É que há uns tempos criou uma comissão para reavaliar o SNS presidida pela Maria de Belém que pelo que se sabe apoia a existência dos privados no SNS tanto, que até é consultora de um Grupo privado na área da saúde..

Como se vê e como o PS sempre nos habituou isto é tudo mais ou menos, faz de conta que muda para que tudo fique na mesma.

Retirar as poucas PPP da saúde dificilmente terá o resultado que Arnault e Semedo pretendem. É improvável que o governo poupe dinheiro e duvidoso que a qualidade melhore. Mas , sobretudo, impede um elemento essencial num sistema variado, como o actual SNS : a comparação entre modelos de gestão, estrutura de custos, qualidade do serviço e satisfação dos utentes.

E, isso sim, pode ser muito arriscado. Mas que importam os doentes se o SNS passar a ser totalmente estatizado ? É por isso que Costa está hoje em Coimbra a título pessoal.