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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O Benfica morreu de pé!

Uma grande exibição. Um banho de bola ao Chelsea uma equipa com elementos de três selecções - Inglaterra, Espanha e Brasil . Senti-me orgulhoso de ver uma das principais equipas Ingleses jogar com 10 homens atrás da linha da bola com medo do Glorioso! Um futebol de primeira água ! Ganha quem marca mais golos,  mas nem sempre é o melhor. E, hoje, ganhou a equipa que menos jogou.

Mais uma vez a indústria do futebol levou longe o nome do nosso país. Um jogo destes é uma acção extraordinária de propaganda.

Em Amesterdão de bicicleta sem travões

O meu filho trabalhava em Roterdão e eu aproveitava para visitar a Holanda. A partir dali visitam-se os países à volta. De comboio é uma maravilha. Pontuais, cómodos, limpos e rápidos.

Mas o que eu vos quero contar é a minha aventura no centro de Amesterdão. Fomos visitar o parque onde se situa o estádio do jogo de hoje. Também se praticam desportos radicais e o meu filho levou-me para lá. De bicicleta. Tínhamos acabado de arrancar quando após alguns metros me aparece pela frente o primeiro eléctrico. O Hugo parou com toda a calma, eu que ia atrás dele, fui andando e só accionei os travões mesmo em cima do carro eléctrico. Aí é que descobri que a bicicleta ( que tinha alugado na rua) não tinha travões. Bem, não estavam no sítio do costume. Tive que saltar da bicicleta abaixo porque de outra maneira colidia com o eléctrico. Vim a saber depois que se travava rodando os pedais para trás.

Não ganhei para o susto. Mas lá fomos para o frondoso parque , onde adolescentes, completamente passados da cabeça faziam piruetas e saltos em bicicletas e skates.

Foi muito mais interessante do que a tarde que passei a visitar o "bairro vermelho". Às escondidas do meu filho que, nesse dia, tinha ido em trabalho para Haia. Não gostei nada de ver aquelas pobres mulheres( quase todas asiáticas) nas montras a oferecerem-se a quem passava.

No pior pano cai a nódoa. Muito interessante é encontrar várias ruas com nomes portugueses, de judeus que fugiram de Portugal no reinado de D. Manuel l se não me falha a memória. Contribuiram para a riqueza da Holanda e bem falta fizeram a Portugal

Hoje somos todos Benfiquistas

Em Amesterdão já há uma invasão de Portugueses. E não se escondem. Camisolas, cachecóis e bandeiras. E os Ingleses encharcados em cerveja soltam os seus cantares. É preciso não esquecer que passar um fim de semana em Amesterdão, para ingleses e para estes povos aqui à volta, é frequente. É um saltinho. De camisola de alças e de sapatilhas tal como nós em Lisboa vamos à Costa da Caparica.

Os jogadores do Benfica estão cansados ? Liderar três frentes não é fácil para ninguém e isso paga-se. O Benfica já pagou no Dragão. Viu-se bem no ritmo que os jogadores do Porto imprimiram ao jogo depois de dois ou três jogos em que perderam pontos após a sua exclusão dos jogos europeus.

Que o jogo seja uma festa. E, para ser festa, é preciso que as equipas não tenham medo de perder. Façam o seu jogo, vão ser vistos por milhões de pessoas em todo o mundo. O nome de Portugal vai chegar aos quatro cantos do mundo. É isso que importa.

Espero é que não tenham instalado as equipas no hotel que está encostado à estação ferroviária central. Acorda-se sempre que chega ou parte um comboio.

E temos os Holandeses a nosso favor. Adoram a nossa forma de jogar que é a mais parecida com a deles. Não esquecem Eusébio e os companheiros daquela equipa fabulosa. Logo vamos todos sofrer pelo Glorioso!

Antes que me tirem a pensão...

Vou a Amesterdão ver o Glorioso! É limpinho. Depois quando a factura de Vitor Gaspar chegar logo se vê. Há vinte e três anos estive com o Benfica na Alemanha. Perdemos mas foi uma festa. O centro da cidade parecia o Rossio de Lisboa cheio de Tugas. Cachecóis, bandeiras e a comer salsichas e a beber a boa cerveja alemã. Ate deu para irmos para as discotecas.

Os Holandeses e os Alemães só queriam saber notícias da, segundo eles, melhor equipa do mundo. A do mesmo Benfica dos anos de Eusébio, Coluna, Águas, Simões... nunca tinham visto nada como aquilo. E, lá estive, a contar o que sabia.

Enquanto estiver em Amesterdão até vou acreditar que não há crise, espraiando os olhos nas belas e loiras holandesas. E, quando chegar vou recomeçar tudo do inicio. Pode ser que o deficits tenha desaparecido, a dívida desculpada e o desemprego acabado.

Acreditem. O futebol faz  milagres!