Agora também na Suécia. É claro que a reacção do povo europeu é a que se podia prever face à imigração sem controlo e sem limites.
Não só cresceu a violência do terrorismo como as exigências dos imigrados na Europa não param de crescer. Na área social exigem mais subsídios e a implementação dos seus costumes religiosos e hábitos familiares e pessoais. Poucos aceitam as ofertas de emprego que lhes são apresentadas sem exigerem condições que batem frontalmente com as necessidades de quem está disposto a pagar-lhes .
É a extrema esquerda que tal como eles tem como objectivo desconstruir a União Europeia, que lhes aplana o caminho, com um discurso aparentemente "bonzinho". Parece que tudo é possível e sustentável . Depois o povo que partilha com eles a vida nas ruas e no trabalho aguenta e paga.
É, claro, que este movimento de fortalecimento da extrema direita só parará quando os cidadãos considerarem ter razões para acreditar que o bom senso voltará a reinar. Na Alemanha Merkel já foi obrigada a recuar ( é verdade a " bruxa má " também acreditou que a imigração podia ser de qualquer maneira. )
Os que apoiam as ditaduras da América do Sul são os mesmos que alimentam o " choradinho" da imigração sem controlo e sem limites com o objectivo de liquidarem " o capitalismo".
Estive na América do Sul há uns anos atrás . Lá andei com uma espécie de salvo conduto a passar entre países que pertencem ao "Mercosul", união de países que ensaiam uma União Europeia. É uma terra assombrosa de riqueza e beleza. O mundo, a natureza, já tiveram o verde das suas árvores e a limpeza cristalina das suas águas.
Aproveitava os raros momentos em que permanecia nos hotéis para falar com os outros hóspedes. Gente do Sul e do interior do continente em negócios, com uma visão bem diferente dos cidadãos das grandes cidades.
No Rio de Janeiro as casas comuns têm duas portas, muitas vezes guardadas por seguranças. Em Buenos Aires é preciso ter cuidado para à noite não pisar os sem-abrigo. Em Caracas os bairros de lata estendem-se até ao infinito e cercam a cidade. Para um Europeu a América do Sul é um choque tremendo tal a desigualdade.
E os meus parceiros de conversa, não raras vezes, falavam-me dos "palhaços" da política que cobriam o continente de vergonha. Ditadores que utilizavam a miséria e a ignorância dos seus povos para se eternizarem no poder e enriquecerem. Países em cima de mares de petróleo com a maioria do povo na miséria.
Olhavam para o modo de vida Europeu como uma esperança e até com certo ciúme. A União Europeia como um espaço de tolerância e de bem estar.
E, perguntava eu, mas então o Lula, o Chavez, os heróis socialistas ? E eles, é só uma questão de tempo...
PS: num texto que li algures de Boaventura Sousa Santos este escrevia que crescia na América do Sul o sistema político do futuro...
Na Europa a direita acusa Chavez de ser um Presidente que pisou o risco da Democracia a esquerda, louva-o, porque tirou milhões de venezuelanos da pobreza. Têm ambos razão, mas pecam pela mesma medida. Olham-no como europeus. Não se pode comparar o incomparável. Portugal que é o país mais pobre e mais desigual da UE é, muitas vezes, mais equilibrado socialmente do que a Venezuela. E com uma qualidade de vida muito superior.
Na Venezuela e na generalidade dos países sul- americanos há muitos milhões de pobres a par com fortunas impensáveis. E não há classe média, começou a nascer há vinte anos, se tanto. Foi, por exemplo, o que aconteceu com Fernando Henrique Cardoso e Lula no Brasil.
Chavez era muito mal visto pelas classes médias e ricas nos países sul- americanos como, aliás, Lula.
Mas o que convém perceber é que, pese todos os problemas e injustiças sociais de que a UE padece, nada se compara à extrema pobreza que ainda hoje se encontra naquela parte do globo.
Não há austeridade nem erros políticos que nos remetam para sociedades tão pobres e tão desiguais. Apesar das imensas riquesas, como o petróleo, os minerais, a madeira, a fruta, a carne...
Falta a educação, a investigação, a inovação...o que demora muitas décadas a alcançar. O que é bom já lá estava!