Não basta limitarem e proibirem o aparecimento de novos alojamentos locais em zonas que continuam abertas à instalação de novos hotéis, não basta excluírem o alojamento local de ter uma palavra a dizer relativamente aos destinos dos valores da taxa municipal turística que recolhe – agora querem mandar-nos para o desemprego e forçar-nos a entregar as nossas casas à Câmara Municipal, para que delas disponha como bem quiser, sem qualquer garantia de sermos ressarcidos de estragos provocados por inquilinos que não conhecemos e que não têm qualquer vinculo legal connosco. Não bastando isto, ainda querem aumentar-nos o coeficiente de imposto para 50%.
Bloco de Esquerda : Bloco de Esquerda (BE) vai pedir a suspensão imediata dos novos registos de alojamento local em Lisboa, por considerar que a capital “continua a permitir o aumento drástico” deste tipo de alojamento. Além disso, o partido tem ainda outras medidas que vão no mesmo sentido, nas quais se inclui a criação de um gabinete de fiscalização do setor.
É bem de ver, a velhinha do 2º andar não sai de casa enquanto a canalha do 1ª andar não se cansa de subir e descer as escadas a correr. Segundo o principio em que assenta o aumento do imposto sobre o Alojamento Local - PCP e BE - a velhinha não paga imposto e a família não ganha para o aumento da taxa.
Tens filhos ? Três ? Estás feito pagas a dobrar. Mas então a demografia, não é preciso ter filhos? Preciso é, mas paga e não bufes. Usas as instalações intensamente...
É, óbvio, que o único argumento para o Estado vir novamente ao bolso dos contribuintes é a necessidade insaciável de fazer mais despesa. PCP e BE nunca enganaram ninguém neste ponto. Há que sacar, ir buscar o dinheiro onde ele está.
O Alojamento Local, mexe ? Pisa, com taxas e taxinhas nem que seja do condomínio.
É preciso acabar com o alojamento local. Quem ganha ? A grande indústria hoteleira . E quem se apressou a defender esse interesse ? O grupo parlamentar do PS .
Contrariamente ao que nos querem vender o alojamento local está regulamentado, viu o imposto sobre a actividade crescer de 15% para 35% . Em vez de se deixar a actividade funcionar livremente, baixando custos e melhorando a qualidade dos serviços prestados, o que se faz é tentar acabar com um dos players . Não por acaso o que representa os mais débeis, milhares de pessoas que investiram o pouco que tinham ( e que não tinham).
Começaram com aquela história que os bairros de Lisboa estavam a ser descaracterizados, os habitantes andariam fulos com os turistas, havia que salvar a capital. Logo a seguir a música passou para o Porto . Igualzinha . Mais tarde ( não muito) lá apareceu o assunto na Assembleia da República. Até dá a ideia que há um acesso privilegiado aos senhores deputados.
O diploma apresentado por dois deputados do PS foi um balão de ensaio que de tão mauzinho levantou um coro de protestos. Já recuaram todos, afinal parece que o tal alojamento local não é assim tão mau.
Num altura em que a actividade económica é sustentada pelo turismo ( que é preciso dizer que só se faz com turistas) esperava-se que o estado ajudasse, facilitasse, mas não, quer intervir para acabar com a concorrência.
E com o rendimento extra mínimo, de muitos milhares de pequenos investidores. Vamos longe.
O diploma que o PS apresentou na Assembleia da República sobre o alojamento local mostra bem como funciona a ganância dos interesses instalados e que andam sempre de braço dado com o estado.
Quem tem dinheiro para comprar um prédio inteiro pode alugar como quiser pois o condomínio pertence-lhes mas, se for um cidadão que tem apenas um apartamento aí fica dependente da assembleia de condóminos . É claro que tudo é feito sob a sagrada igualdade social tão cara aos socialistas.
“Vai acabar com o negócio para os privados, mas vai dar grandes negócios às grandes empresas e grandes imobiliárias, porque esses podem comprar o prédio inteiro”, afirmou a economista e ex-líder do PSD que se manifestou “inteiramente perplexa” com o projeto de alteração legislativa.
Mas ai de quem discorde. Reaccionários e de direita dirão os amigos dos pobrezinhos.