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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Entre ver passar os aviões e construí-los

Quem diria que no Alentejo se construíriam aviões ? Já lá está a Embraier brasileira com capitais portugueses, que produz aviões, uma empresa francesa que produz peças para aviões, uma outra fábrica brasileira em construção e, este ano, Évora beneficiará de um novo investimento de 10 milhões de euros numa outra fábrica .

Seria isto possível num país fechado, isolado e não integrado num grande espaço económico e político como a União Europeia ?

No Parque de Indústria Aeronáutica de Évora funcionam já três fábricas, duas da construtora aeronáutica brasileira Embraer (uma de estruturas metálicas e outra de materiais compósitos) e uma da empresa Air Olesa, igualmente para fabrico de componentes para a aeronáutica.
Uma outra unidade, pertencente ao grupo francês Mecachrome, encontra-se em fase final de construção, devendo, em breve, começar a produzir peças para motores e para a estrutura de aviões.

Alentejo da minha alma/ tão longe me vais / da miséria e dos agrários da linha de Cascais...

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Há ouro em Portugal. E os ambientalistas deixam perfurar o chão ?

Já em 2012 a empresa concessionária anunciava a existência de elevados teores de ouro nas prospecções que decorriam no Alentejo. Três anos depois confirma-se a boa notícia. Vamos lá a ver se não aparecem por aí os mesmos de sempre com uma petição para embargar os trabalhos . Furar o chão é que não, pode ser o mote tal como estão a fazer para a exploração do gaz e do petróleo.

Em Setembro de 2013, a empresa britânica tinha já anunciado "excelentes resultados" nas amostras recolhidas do solo alentejano. Agora, três anos depois, comprova que existe mesmo ouro naquela zona – isto depois de, em Setembro passado, ter anunciado que as perfurações iam começar.

Mas não é só no solo alentejano que o ouro brilha. Em Agosto passado, a também canadiana Medgold Resources anunciou que iria avançar com uma campanha de prospecção de ouro em Boticas (distrito de Vila Real), com 12 furos e um investimento de um milhão de euros.

Os direitos de prospecção foram atribuídos à Medgold pela Direcção-Geral de Energia e Geologia em Agosto de 2013 – que obteve também licenças para o distrito do Porto.

Ouro a céu aberto .

Andam a queimar livros

Não por acaso a censura voltou. O livro sobre o Alentejo ainda não saiu mas já está a ser queimado na fogueira dos eternamente proprietários da verdade absoluta. Os cartazes provocatórios, os roubos e as chantagens que descobrem em tudo o que não alinhe com o que pensam. Cercam a Assembleia da República para influenciar as votações através do medo.

O poder mostra o carácter de quem o exerce, e bastaram três meses para percebermos como o "ambiente" cheira a perseguição e a censura. O modo como se demitem altos funcionários públicos acintosamente na praça pública. Como se justificam derrotas eleitorais "engraçadinhas". Como se tenta invadir a escola pelo pensamento único .

Aos sempre mal dispostos comunistas juntaram-se agora os pós-marxistas que vivem explorando  corporações e grupos de interesses que sempre viveram à sombra de quem trabalha. E fazem-no avançando com o estado que tudo pode e tudo faz.  E se for necessário queimam-se livros.

Não sabem o que é liberdade de expressão nem liberdade de escolha. A sua mentalidade pidesca vive da mordaça a que sujeitam quem lhes faz frente. Ai de quem olhe para estes meninos e meninas como gente decente.

Aqu ao lado os irmãos do Podemos beijam-se na boca à boa maneira da ex-União Soviética. Para que não hajam dúvidas

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Maior projecto da história da indústria aeronáutica portuguesa

Para além do Alqueva, o Alentejo tem Sines e as fábricas da Embraer em Évora. Para além de tudo o mais que a natureza lá colocou. O Alentejo da fome e dos agrários a viver no Estoril. E da agricultura de sequeiro raquítica.

Três das aerostruturas do avião do terceiro maior construtor aeronáutico do mundo  -  sponson (carnagem e portas do trem de aterragem), o leme de profundidade e a fuselagem central – foram desenvolvidas pelo centro português de engenharia e inovação CEIIA.

Neste projecto, o maior da história da indústria portuguesa de aeronáutica, o CEIIA empregou mais de 250 mil horas de engenharia e mais de 120 engenheiros a trabalhar a partir de Portugal.

Este avião tem a capacidade certa para operar a partir da Base de Beja rumo à europa com os  nossos produtos agrícolas regados pela água do Alqueva.

 

 

As cartas Alentejanas - José Manuel Barroso

AS CARTAS ALENTEJANAS...
... da freira Sôror Mariana Alcoforado ficaram célebres pela sua narrativa apaixonada. Foram mesmo, se me não engano, publicadas em Paris, de França, sob o título de «Lettres Portugaises». O Alentejo potencia as visões apaixonadas, como se tem provado com o nosso monge José, o último preso político da democracia. As «Cartas de Caxias 'sur Évora'» são ricas em delírio narrativo, como se prova pela última, hoje publicada pelo DN. O delírio mitómano não é de agora, vem de longe. Teve a sua expressão anterior na entrevista dada à militante socrática Clarinha Ferreira Alves, no Expresso, uns meses atrás, cuja leitura requer conhecimentos de psicanálise. Também nela, o nosso José culpa as duas metades deste mundo e da Lua pelo azares do final da sua fantástica governação - nomeadamente aqueles a quem devia algum apoio e conselho útil: a sra Merkel, o ministro Schlaübe, o presidente da CE Barroso e o seu (dele, José) ministro Teixeira Santos, todos transformados em «inimigos», para justificar o falhanço do seu PEC IV, o grande mito.
Nesta carta de hoje (quem seria o pombo correio?), transforma advogados, magistrados e tribunais, políticos, democracia e cidadãos em culpados da sua situação. Na seu delírio, o nosso José quase pede aos portugueses que se levantem em armas contra a «injustiça» do que lhe aconteceu, apenas porque o queriam calar e amarfanhar. ele «um homem exemplar»! Calá-lo é difícil, como se vê e lê. Ainda bem, a democracia funciona. 'malgré lui'. Ele, que, durante 5 anos, criou, deteve e tentou deter, por todos os meios, o maior poder que um PM na democracia portuguesa já teve: maioria absoluta parlamentar, governo, topo da Justiça, banca (com golpe sobre o BCP e nacionalização do BPN, no qual colocou um dos seus), OCS estatais e tentativa de golpe sobre a TVI e o CM (que as escutas apagadas revelariam?), numa inspiração chavista adaptada a Portugal. Algo que vai requerer decerto análises especializadas outras, que não apenas as dos polítólogos e dos historiadores. Como escreveu alguém: «do que nos safámos»! Espero que ele não se safe de um julgamento justo.

 
 

Aviões alentejanos

Quem diria. Das anedotas e da pobreza saltaram para a construção e reparação de aviões.

Este é um projecto conjunto com as indústrias de Defesa da Argentina, Portugal e República Checa", parceiros industriais da Embraer no projecto, afirmou Jackson Scheiner, presidente da Embraer Defesa e Segurança, na cerimónia de inauguração.

Parte dos componentes são construídos em Portugal, nas oficinas da OGMA e com cerca de 18 entidades associadas ao fornecimento de componentes, sob coordenação da EEA. A OGMA já arrancou também com os procedimentos para fazer manutenção destes aviões.

A Embraer conta ainda com duas fábricas em Évora, onde são construídos componentes para os jactos Legacy e E-Jets e onde também são construídos alguns componentes para este cargueiro.

E somos parceiros na NATO e nos PALOP podemos ajudar a vendê-los mesmo com pronúncia alentejana.

No Alentejo já há papoilas

Uma famacêutica escocesa veio para o Alentejo plantar papoilas e construir uma fábrica para produzir morfina. Negociou com duas dezenas de agricultores locais e trouxe a tecnologia. A água do Alqueva, o sol e os férteis solos fizeram o resto. Já está aí a primeira colheita com bons resultados. O projecto vai passar à segunda fase com mais área cultivada e mais agricultores envolvidos. Para já a papoila é exportada em bruto mas com a fábrica em pleno será a morfina em estado final que será exportada.

O Alentejo dos latifundiários a viverem em Cascais e os alentejanos a viverem na miséria ficou definitivamente para trás. Quem hoje visita o Alentejo fica maravilhado com os campos tratados e o verde a estender-se até se perder de vista. O homem sonha e a obra aparece.

Escravatura na apanha da azeitona

Brasileiros, Romenos , Ucranianos são explorados no Alentejo. Vivem em condições infames e ganham pouco mais de três euros/hora. Não é a primeira vez nem será a última que a GNR desarticula uma rede mafiosa de exploração de seres humanos.

Há quem defenda que quem nos procura seja recebido tenha ou não trabalho. Ainda há bem pouco tempo a desbocada deputada Ana Gomes dizia que "sentia vergonha por o país não aceitar o grupo de sírios que viajaram clandestinamente da Guiné  num avião da TAP". Hoje já ninguém sabe onde andam os sírios.

Ser generoso, para depois não mexer um dedo para ajudar as pessoas que, sem trabalho, são exploradas infamemente, é vergonhoso. Fazer crer a estes trabalhadores  que encontrarão em Portugal trabalho para, depois, os abandonar à sua sorte é deixá-los à mercê de redes organizadas do crime.

E isto num país que tem 900 000 desempregados.

O Alqueva vai ser outro Algarve com milhares de camas?

Hotéis, resorts, segunda habitação, campos de golfe, aldeamentos turísticos, picadeiros, clube de ténis...milhares de camas que tomaram de assalto as planícies do sul. Na região do Alentejo do litoral ao interior estão em construção dezenas de projectos para grandes conjuntos turísticos. Hoje uma visita aos resorts do Alqueva é uma experiência inquietante.

Com a nova albufeira, surgiu a promessa de um novo destino turístico, capaz de dinamizar a economia da região. Como programar tal transformação sem fazer perigar as características regionais que lhe dão sentido? O grande lago tem 1 160 quilómetros de margens o que faz do recreio  náutico e do golfe instrumentos fundamentais a par dos produtos tradicionais.

A habitual confusão da legislação aplicável permitiu, com a ajuda dos Projectos de Interesse Nacional (PIN), a subversão da estratégia territorial preconizada para o Alentejo, que se caracterizava pela contenção da edificação em solo rural.

O colapso do sistema financeiro deixou estes investimentos em banho-maria, dando segunda oportunidade ao Alqueva. Estamos a tempo de parar com os mamarrachos que farão do Alentejo um novo Algarve.

PS : a partir de um texto do "Jornal dos Arquitectos"