O programa industrial português arranjou a semana passada o gestor que vai iniciar as conversações com os diversos players. O Programa industrial alemão está em fase de aprovação. Quer dizer a corrida começou agora e nós já temos um atraso de mais de um ano. Estadistas, é o que temos.
E, claro, a Alemanha tem muitos milhões para injectar na economia enquanto que nós estamos à espera que chegue o dinheiro de Bruxelas. Estadistas é o que temos.
A nova estratégia da Alemanha mostra um país que está pronto para apostar forte na economia do futuro, mas manter-se fiel às tradições frugais da Alemanha. No resgate da Lufthansa, o governo comprou as ações por um valor que é inferior a um terço do valor do mercado.
"Demos ao mercado um sinal convincente de apoio à economia de mercado. Mas este também é um sinal de que o Governo alemão pretende defender a soberania tecnológica e económica deste país", disse Altmaier na conferência de imprensa a anunciar os termos do resgate.
O governo alemão já chegou a um acordo com a companhia aérea do seu país.A companhia aérea alemã recebe um apoio público de 9 mil milhões de euros, tal como estava previsto, sendo que o Estado alemão fica com até 25% do capital, passando a ser o maior acionista da Lufthansa.
As medidas do plano prevêem um crédito com garantias de Berlim de 3 mil milhões de euros, a compra de ações no valor de 300 milhões de euros no quadro de um aumento de capital e uma injeção de fundos de 4,7 mil milhões de euros sem direito de voto, precisou a Lufthansa em comunicado, citado pela Lusa.
Pelo empréstimo, a Lufthansa pagará juros que vão de 4% em 2020 e 2021 a 7,5% em 2027. A compra de ações vai ser feita a 2,56 euros cada, o que se situa muito abaixo do preço de mercado e aumenta a possibilidade de no futuro os títulos serem vendidos com lucro para os contribuintes.
Por cá nada se faz por menos de uma falência ou de uma nacionalização. Quem devia andar com as pernas a tremer com a irresponsabilidade e a incompetência do governo é o pobre povo à beira mar plantado.
Não pode haver a curto prazo "Eurobonds" mas vai haver mais dinheiro da Alemanha para reforçar o orçamento da União Europeu. É a isto que se chama solidariedade para com os países que estão em má situação.
"A Alemanha está disposta, no espírito de solidariedade e de forma temporária, a fazer contribuições claramente mais elevadas no quadro do orçamento comunitário" para ajudar os parceiros mais atingidos pela pandemia, disse Merkel no Bundestag (Câmara Baixa do Parlamento alemão).
Os líderes europeus deverão adotar o pacote de emergência acordado pelos ministros das Finanças, constituído por três "redes de segurança": uma linha de crédito do Mecanismo Europeu de Estabilidade, através da quais os Estados-membros podem requerer até 2% do respetivo PIB para despesas direta ou indiretamente relacionadas com cuidados de saúde, tratamentos e prevenção da covid-19, um fundo de garantia pan-europeu do Banco Europeu de Investimento para empresas em dificuldades, e o programa «Sure» para salvaguardar postos de trabalho através de esquemas de desemprego temporário.
É, claro, que desta não falam mas já a solidariedade chinesa é digna de grandes títulos. Porque será ?
O hospital e unidades de saúde em Bérgamo, no norte de Itália, continuam a funcionar muito acima daquilo que — até ao início da pandemia no país — era habitual. Agora, é a Alemanha que estende uma mão para ajudar a região italiana mais afetada com a Covid-19. Esta manhã um avião da Força Aérea alemã partiu em direção à Lombardia para ir buscar seis doentes que estão a receber cuidados intensivos.
A coesão interna sempre se reforçou com a existência de ameaças externas. Está a ser o caso do Brexit e dos nacionalismos que levantam cabeça.
“A Europa, e no seu seio a dupla franco-alemã, estão investidos da obrigação de não deixar o mundo deslizar para o caos” e para isso é preciso que a Europa fique “mais forte, mais soberana”, afirmou Emmanuel Macron num discurso perante o parlamento alemão, em Berlim.
Este modelo "falhou totalmente", disse a chanceler alemão. Enquanto o sentimento de desconfiança em relação aos muçulmanos está crescendo no país, os imigrantes são encorajados a dominar melhor o alemão.
Angela Merkel endurece seu discurso um pouco mais para fazer sua voz ser ouvida no debate sobre a imigração que está agitando seu país . Neste fim de semana, a chanceler simplesmente enterrou radicalmente o modelo de uma Alemanha multicultural, onde poderia coexistir harmoniosamente culturas diferentes. Esta abordagem "Multikulti" - "nós vivemos lado a lado e estamos muito satisfeitos" - "falhou, falhou completamente".
Para Angela Merkel, os imigrantes precisam integrar e abraçar a cultura e os valores alemães, como já desejava muitas vezes nas últimas semanas. "Nós nos sentimos conectados aos valores cristãos. Quem não aceita isso não tem lugar aqui ", disse ela. "Subsidiar imigrantes" não é suficiente, a Alemanha tem o direito de "ter exigências" para eles, continuou a chanceler alemã, por exemplo, que eles dominem o alemão .
O debate sobre o lugar dos estrangeiros na Alemanha tomou um novo rumo desde a publicação, no final de agosto, do livro de choque de Thilo Sarrazin . Neste ensaio, a Alemanha é destruída , este membro do Partido Social Democrata, que se sentou no conselho do banco central alemão, diz que os muçulmanos minam a sociedade alemã e diminuem a inteligência média da população. Seu livro provocou um alvoroço, mas ele ainda aparece nos principais vendedores e pesquisas mostram que a maioria dos alemães aprova seu argumento.
Uma grande lacuna antes das eleições A posição de Angela Merkel, no entanto, permanece mais subtil. Enquanto alguns conservadores gostariam de fechar as válvulas, a chanceler alemã considera que a imigração é necessária dada a escassez de trabalho qualificado (400.000 pessoas segundo a Câmara de Comércio e Indústria). Ela também acredita que " o Islã é parte da Alemanha ", uma fórmula recente do presidente Christian Wulff (CDU), que tem indignado alguns do seu acampamento Democrata Cristã (CDU-CSU).
A fim de incentivar essa integração, o governo decidiu recentemente financiar o treinamento abrangente de imãs nas universidades alemãs. A maioria vem hoje da Turquia, com pouco conhecimento de alemão. O presidente turco, Abdullah Gül, pediu que seus compatriotas, que formam a maior comunidade estrangeira da Alemanha, aprendam a "falar fluentemente e sem sotaque" a língua alemã.
Com uma grande lacuna, Angela Merkel está tentando reunir as franjas divergentes de seu partido e re-mobilizar os eleitores, enquanto a coligação conservadora-liberal está em queda livre nas pesquisas antes de seis pesquisas regionais em 2011. Horst Seehofer, líder da CSU da Baviera, que cortejam as vozes de extrema-direita, proclamaram a morte dos Multikulti já na sexta-feira. A Alemanha "não precisa mais de imigrantes de países com diferentes culturas como os turcos e os árabes", para os quais é "mais difícil" integrar, ele já havia assegurado.
Na Alemanha rica e de pleno emprego os trabalhadores da indústria estão em luta para melhorar as suas condições de trabalho. Querem mais tempo para a família e um aumento salarial de 6% . Os sindicatos na Autoeuropa agarraram a boleia como se o mercado de trabalho e a economia fossem iguais nos dois países.
Os outros países da Zona Euro e da UE há muito que pressionam a Alemanha a aumentar os salários. As suas economias têm no mercado alemão o seu principal cliente e mais dinheiro na mão da população é positivo para toda a Europa. Acresce que a Alemanha apresenta contas externas enormemente positivas em relação à maioria dos países o que numa zona de moeda única não é saudável.
Todas as razões, pois, para apoiar as reivindicações laborais na Alemanha. E , claro, a Alemanha não corre o risco de ficar sem indústria automóvel .
Os trabalhadores e o sindicato alemão justificam os seus pedidos com o crescimento económico do país, o mais rápido em 6 anos, e no recorde que se verificou na diminuição da taxa de desemprego.
Não há como comparar as duas situações .Mas pressente-se o argumento que aí vem. Trata-se do mesmo grupo empresarial. Para trabalho igual salário igual. E a qualidade é a mesma.
Tudo o resto ( ai, a solidariedade com os pobres que nós temos mas eles não têm) esquece-se .
"Desejamos uma Europa mais unida, mais eficaz, mais protectora e mais democrática, que se afirme no mundo e que defenda os seus valores"
No Reino Unido são cada vez mais as vozes que duvidam do Brexit e um segundo referendo é cada vez mais provável. Se não pode se pode mudar de opinião então não estamos numa democracia.
Como "amigos no coração da Europa e no âmbito do espírito europeu", Merkel acrescentou que, Berlim e Paris irão fechar este ano um novo Tratado do Eliseu, com novos objectivos e formas de cooperação para aproximar os dois países.
"Fazemos isso para unir ainda mais os cidadãos dos nossos países e para dar um novo impulso a toda a Europa unida, para torná-la ainda mais forte", enfatizou o chanceler.
Macron apelou aos jovens de ambos os países para "descobrirem" os vizinhos, serem curiosos e participarem da consulta pública, que será lançada na primavera.
Isto quando, afinal, a Zona Euro tem a economia a crescer, cumpre o Tratado Orçamental e consolida as contas públicas. Bem ao contrário dos que previam o colapso da maior iniciativa política de que há memória.
A integração da Zona Euro vai no bom caminho numa política de pequenos passos. Há toda uma série de questões que têm que ser tratadas antes de novo alargamento porque pretendente a entrar na União Europeia não faltam .
“Há que atuar agora” para cumprir a vontade comum de “uma integração rápida da zona euro nos próximos meses”, indicou Le Maire, assinalando que o objetivo é que a zona euro esteja em condições de competir com a China e os Estados Unidos. Altmaier acrescentou que o prazo indicado para encerrar um acordo sobre a reforma da zona euro “vai até finais de 2018”.
Em matéria de fiscalidade, segundo o ministro francês, a ideia é que haja uma proposta franco-alemã, o mais tardar em junho, com uma base comum em relação ao imposto sobre empresas. O ministro alemão afirmou que se deve evitar uma competição nesta matéria no interior da União Europeia (UE).
A Alemanha e a França são os motores. O crescimento acelerou tanto na indústria como nos serviços. Ainda assim, a indústria continua a liderar o crescimento – com a maior subida da produção em mais de seis anos - enquanto a actividade dos serviços teve o maior aumento desde Maio.
Em França e na Alemanha, as taxas de expansão aceleraram para o nível mais alto dos últimos seis anos, com ambos os países a registarem melhorias nos "já impressionantes" ganhos ao nível do emprego registados nos meses anteriores, sublinha o relatório.
Sempre é verdade a Zona Euro cresce e consolida-se.