Considerados no seu conjunto, os países da UE são hoje o principal doador mundial de ajuda humanitária apoiando milhões de pessoas em todo o mundo. Mas para se ter uma ideia do volume de dinheiro envolvido diremos que representa apenas 1% do orçamento total da União Europeia, ou seja, cerca de 4 euros por cidadão europeu em cada ano. Seria lamentável perceber que os cidadãos europeus são solidários com as populações mais pobres do mundo e não encontram maneira de responder de forma rápida e determinada a uma crise que lhes entrou pela casa adentro. Se em cada um dos 27 países que compõem a União Europeia viesse a ser solicitado um esforço ou uma contribuição adicional mensal de 5 euros por pessoa, alcançaríamos um valor anual global de mais de 27 mil milhões de euros.
E se a isto juntarmos uma taxa aos negócios das empresas, às transacções bolsistas e um alívio na burocracia das pesadas infraestruturas dos Estados e da própria União Europeia.
Tudo simbólico mas decisivo para resolver o problema das famílias em dificuldades. É disto que trata o Rendimento Mínimo Social Europeu a criar.
Desde agosto, foram transferidos para o continente mais de 32.000 requerentes de asilo e refugiados, com apoio da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), financiamento europeu ou recorrendo a meios próprios.
Foram atribuídos à Grécia para apoiar a gestão das migrações, situação humanitária e fronteiras externas 1,6 mil milhões de euros para o período 2014-2020, através de vários fundos e programas, 605 milhões do quais canalizados diretamente para parceiros humanitários.
Barcos com a bandeira nacional, fronteiras abertas sem controlo mais o BE e a treta do costume
A Grécia desceu um degrau. Negociava de igual para igual com os outros países agora está de mão estendida à espera de uma acção de assistencialismo que a extrema esquerda tanto odeia . Para já a Grécia precisa de uma acção de ajuda humanitária. Passou a ser "um sem abrigo".
Os partidos de extrema direita esfregam as mãos. Conseguiram sem mexer uma palha o que tanto anseiam. Empurrar a Grécia para fora do Euro. Depois logo se vê quem vai a seguir.
Não vai ser bonito de ver, mesmo se houver uma “ajuda humanitária de emergência”, o que já foi sugerido mas colocará a Grécia na posição de ser tratada como o Haiti ou a Indonésia depois de uma catástrofe natural. Com uma diferença: as feridas, neste caso, foram auto-infligidas.
Parabéns Tsipras. Parabéns Le Pen. Ou seja, mesmo que involuntariamente, o Syriza é hoje um cavalo-de-Tróia de Le Pen e demais líderes da direita eurocéptica na sua guerra contra a União Europeia e a “ditadura de Bruxelas”.
Tudo com o aplauso da extrema esquerda. Como diz uma excitada Isabel Moreira : Varoufakis é sexy, porra!