E Portugal tal como os restantes outros países, ganha e muito com tal acordo que nunca conseguiria sozinho. 500 milhões de consumidores deste lado do Atlântico e 300 milhões do lado de lá.
Atualmente, há outros acordos comerciais internacionais da UE que estão em fase de negociação ou mesmo de ratificação parlamentar, como é o caso do Acordo de Livre Comércio entre a União Europeia e o Canadá (conhecido como CETA).
Outro exemplo é o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP, em inglês), que está a ser ainda negociado entre os Estados Unidos e a União Europeia.
Estes acordos são feitos com a UE como um todo envolvendo todos os países . Portugal é um pigmeu comercialmente falando e fora da UE estaria irremediavelmente votado à pobreza.
O acordo comercial entre os dois colossos - US/UE - não é fácil e o fosso entre eles não tem cessado de alargar. Tem sido negociado em segredo porque os US pressionam a UE para baixar os níveis de exigência em vários sectores. Ameaçam mesmo dificultar a importação de automóveis europeus se a Europa não importar mais produtos agrícolas. O uso de pesticidas e práticas menos consensuais na agricultura e em outros sectores foram agora revelados por documentos até agora desconhecidos.
Entretanto, o que se sabe desde o início é que o acordo vale para a UE 102 mil milhões de Euros e para os US 90 mil milhões e um aumento significativo de postos de trabalho. Agora face aos documentos revelados estes números cheiram a rebuçados para europeu ver.
Mais de 2 milhões de europeus já assinaram a petição no sentido de as negociações serem públicas
Uma das cláusulas mais polémicas do TTIP é a referente à proteção de investidores e à resolução de litígios entre investidores e o Estado, que se for avante poderá permitir que empresas europeias ou americanas processem Estados-membros para proteger os seus interesses comerciais.
De uma importância estratégica para ambos os lados do atlântico. Trata-se, é bom de ver, de um dos desafios estratégicos mais decisivos que a Europa enfrenta e do qual dependerá, em boa medida, o seu lugar no mundo. Trata-se, do ponto de vista nacional, de uma nova oportunidade que nos é dada para conseguirmos tirar partido da globalização, em vez de sermos apenas vítimas. A indústria automóvel vê-se hoje obrigada a construir dois BMW diferentes: um para passar no teste americano e outro no teste europeu. Deixaria de ter de o fazer. Além disso, a Europa poderia resolver um dos mais sérios problemas de competitividade das suas empresas, que é o custo da energia (mais 30% do que na América). Os EUA são hoje a maior potência energética do mundo (ninguém deu por isso, mas é verdade).
E a nossa posição geográfica põem-nos no centro deste imenso mercado - UE/USA - o que daria um impulso extraordinário ao crescimento económico e à criação de emprego nos dois lados do Atlântico.
Vale 120 mil milhões para a UE e 95 mil milhões para os EUA. E centenas de milhar de postos de trabalho. Os dois colossos cujas economias representam cerca de metade do PIB mundial, partilham também os valores da liberdade, da democracia e dos direitos do homem. É potencialmente o acontecimento mais importante da relação transatlântica desde a criação da NATO.
O acordo é para concluir até ao fim de 2015 e ser implementado no inicio de 2016. Mais do que afastar barreiras alfandegárias e fiscais, o acordo visa harmonizar leis, regimes regulatórios e regras comuns, de forma a permitir o livre e recíproco acesso ao mercado de bens, serviços e investimentos nas duas zonas.
A actual situação na Ucrânia veio acelerar todo o processo. A história não terminou com a queda do muro de Berlim.
Um acordo histórico que dará um impulso forte à economia mundial e criará 21 milhões de empregos, 18 milhões dos quais nos países mais pobres. Os 159 países membros da Organização Mundial do Comércio chegaram a um acordo histórico este sábado, em Bali, na Indonésia, que poderá dar um impulso de 700 mil milhões de euros à economia mundial.
E é assim, aproximando os povos, que se chega à justiça social e à paz mundial .
A UE em crise e sem soluções à vista aposta nos grandes acordos comerciais. Com o Canadá, Singapura , Japão , China ( investimentos) e agora com os Estados Unidos. O objectivo é claro: 90% do crescimento europeu nos próximos dez anos virá do exterior da Europa. E a sua importância geopolítica é, também, clara. Os EUA vêem a sua influencia declinar, com o seu PIB a cair de 50% para 18,9% em termos mundiais desde 1945. Precisam mais do que nunca da Europa. E este acordo vai servir como padrão dos acordos regionais futuros que terá que obter.
Os benefícios serão desiguais com os USA a crescerem 13,4% (PIB per capita) e com mais 1,1 milhão de empregos enquanto na europa crescerá apenas 5% PIB per capita. Mesmo entre os países os benefícios serão desiguais com o Reino Unido a levar a parte de leão (10%) a Alemanha 4,7%, a França 2,6%.
Tudo o que está em jogo é em grande. Podemos criar uma aliança económica tão forte como a nossa aliança diplomática e de segurança (NATO). No conjunto 814 milhões de habitantes, que detêm 40% do poder de compra mundial.
Que futuro para Portugal fora do Euro e, por conseguinte, fora deste acordo?