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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Os argumentos "scut" do Bloco de Esquerda

O Bloco de Esquerda quer acabar com as portagens na algarvia A 22 . Como sempre faz, cria um drama ( neste caso o número de acidentes, mortos e feridos) e sem demonstrar rigorosamente nada exige o que bem entende. Quem paga é assunto que não os aflige.

Todos vemos, por exemplo, a antiga N 1, cheia de carros ao invés da A 1 que está deserta. Este, e outros exemplos podiam ser dados. As auto-estradas são muito boas quando se podem pagar. E mostra também porque é Portugal o país com mais quilómetro de auto-estrada construído por habitante. Obra pública à larga e quem vier a seguir que pague. Acontece que ninguém quer pagar. E andamos nisto.

Um certo dia, em visita profissional a um hospital, em cuja vizinhança corre uma auto-estrada, almocei com um director hospitalar. Perguntei-lhe se já se notava diferença nos acidentes rodoviários com a abertura da auto-estrada.

Respondeu-me que sim. Antes da abertura os acidentados chegavam ao hospital feridos mas vivos, depois da abertura da auto-estrada  chegavam ao hospital já mortos. Basicamente, disse-me que a principal razão dos acidentes é o factor humano .Quem bate a 200 kms/hora poucos hipóteses tem de sobreviver.

Não vale a pena estarmos com argumentos falaciosos. O que faz mexer o BE são os votos que julga  ganhar entre os utilizadores locais da A 22 . Passam a pagar todos os portugueses com os seus impostos.

Quando um país constrói a esmo auto-estradas de que não necessita ( a maioria delas) fazendo favores às corporações interessadas, sobra para os contribuintes o seu pagamento. É só isso.

Autoestrada demasiado cara e boa para o país que a construiu

No caso o jornal refere-se à A22 no Algarve . Sem carros ( os condutores não têm dinheiro para pagar ) o país voltou aos anos 70 utilizando a velha estrada nacional, hoje pejada de carros em filas intermináveis. De outra maneira: de como Portugal se encolhe, retrocede e como de repente carece dos meios suficientes", entre outras coisas, para manter os seus investimentos, "para que funcione o seu próprio motor". Do lado de cá da fronteira o turismo ressente-se perdendo cerca de 30 milhões de euros enquanto do outro lado da fronteira perde 20 milhões. O investimento que devia ser impulsionador da actividade económica é uma barreira. O pior é que há disto um pouco por todo o país.