Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Como evitar o 4º resgate ?

O país precisa de doze anos de crescimento económico e de contas equilibradas.

Tivemos três resgates financeiros (em 1977; em 1983 e em 2011) e não queremos mais nenhum. Para isso não basta a vontade. É preciso uma estratégia para o crescimento económico, para a sustentabilidade das finanças públicas e para novas práticas e reformas institucionais que potenciem ambas. Portugal necessita de mais doze anos (três legislaturas completas) de crescimento económico e de finanças públicas quase equilibradas para sair da zona de risco financeiro em que ainda se encontra apesar das significativas melhorias dos últimos anos.

Mas António Costa promete aumentar os vencimentos dos funcionários públicos ( a sério), assim aumentando a despesa pública numa conjuntura em que temos as projecções do PIB a descer, uma elevadíssima carga fiscal e uma dívida pública monstra. 

É preciso deixar António Costa beber a taça até à última gota.

Nem a moeda única nos salvará do quarto resgate

Este governo trabalha para o curto prazo à boleia da economia que cresce na Europa, ao turismo que cresce à custa de outras paragens perigosas, ao baixo preço do petróleo e ao Programa de compra de dívida do BCE. Mas não chega no longo prazo.

Daniel Bessa avisa o Governo que estimular a economia pela via do consumo “é um erro“, porque há um “longo prazo” que não se pode negligenciar. Qual é o risco? “Nem a moeda única nos salvará de um quarto resgate“.

Qual é o risco? É o país, sem poupança, voltar a ficar dependente da poupança externa e ficar vulnerável a novas crises. “Tivemos três resgates em poucas décadas, e o terceiro resgate (2011) não veio mais cedo porque foi adiado pela moeda única. Mas nem a moeda única nos salvará de um quarto resgate, se não forem repostos alguns fundamentais“, atirou o ex-ministro da Economia.

Entre esses “fundamentais” que têm de ser “repostos” estão as escolhas políticas sãs. E elas não têm existido, diz Daniel Bessa, porque “do ponto de vista do longo prazo, querer que a economia cresça por consumo é um erro – pode durar mais algum tempo, mas é um erro“.