Convinha não estragar . Confirma-se um crescimento da economia de 1,5% em 2015, ligeiramente abaixo dos previstos 1,7%. O desemprego diminuiu.
À semelhança da economia, também a criação de emprego terá acelerado entre Outubro e Dezembro (um aumento de 1,3% em cadeia), que é acompanhada pelo aumento dos custos laborais no sector privado (mais 2,5% em relação ao mesmo trimestre de 2014). Já no sector público, os custos laborais caíram 9,1% em termos homólogos, estima o mesmo documento.
As contas nacionais é que estão apertadas à volta de um défice de 3% e com a saída dos défices excessivos posta em causa. As últimas notícias sobre as medidas do actual governo, vindas do exterior, não são positivas para o investimento . Os investidores estão a perder confiança e sem investimento não há mais emprego e mais criação de riquesa
Não há coincidências. Travar decisões à espera do que aí vem é o mínimo que se pode fazer quando a incerteza se instala . Foi o que aconteceu no 3º trimestre, segundo os dados estatísticos do INE. O crescimento do PIB estagnou a contas de um menor consumo interno e, este,foi afectado principalmente pelo menor investimento. O desemprego manteve-se quando se esperava que melhorasse.
É,claro, que a retoma do investimento só voltará quando e se houver um orçamento para 2016 aprovado e avaliadas as medidas que o PS teve que incluir por força dos seus acordos com PCP e BE. Uma coisa é certa, neste cenário, mesmo com a devolução de salários e pensões, o 1º trimestre de 2016 não vai ser melhor do que este em que estamos. E isto aponta para as previsões em baixa das instituições financeiras, muito mais prováveis do que a estimativa do PS que já vai com um PIB acima dos 3% , única forma de acomodar o aumento da despesa.
Hoje na Assembleia da República, o PS já ensaiou a narrativa que vamos ouvir por muito tempo. Passos Coelho enganou, escondeu. O país está muito pior do que nos diziam , assim preparando o terreno para as más noticias .
Agora como é que com as contas públicas analisadas à lupa interna e externamente se "martelam" é que é dificil de explicar. Mas o PS é mestre no alijar de responsabilidades.
O PIB cresce 1,4% menos que os 1,6% esperados. O desemprego fixa-se em 12,4%. O investimento está a abrandar mas acima da linha de água. O défice vai-nos tirar dos défices excessivos.
Em 2011 o PIB crescia pouco mais que zero. O desemprego chegou a 17%. O investimento caiu 40% . Apesar disso o PS quer voltar às politicas que levaram a esse resultado. Aumentar o consumo interno à custa das importações e desfocando-se das exportações. Aumentar salários vai degradar a competitividade. Tudo igual ao que nos trouxe à bancarrota.
Para compensar tudo isto o PS diz que o PIB vai crescer acima dos 2% já em 2016 quando todos os organismos internacionais apontam para crescimentos abaixo dos 2%. Haja fé.
As exportações subiram 3,9%, contra um aumento de 7,3% no trimestre anterior. As importações perderam força, passando de uma taxa de variação de 12% para 4,9%, ajudadas pelo enfraquecimento da procura interna.
Reparem bem " ajudadas pelo enfraquecimento da procura interna " que o PS quer estimular. Trocar o foco nas exportações pelo foco no mercado interno, nas presentes circunstâncias, é um erro que pagaremos caro. Mais uma vez.
Após o crescimento da economia no 2º trimestre (Abril/Maio/Junho) aumentam os sinais de que a economia pode ter estabilizado entre Julho e Setembro (3º trimestre). A confiança dos investidores e consumidores na Alemanha cresceu (...) São cada vez mais os indicadores económicos a apontarem para um bom terceiro trimestre. Depois do crescimento de 1,1% da economia entre Abril e Junho, os índices de confiança de consumidores e empresários, bem como dados da actividade económica dos parceiros europeus, reforçam a expectativa de uma estabilização do PIB nacional entre Julho e Setembro.