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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Quem é que vai fazer cair o governo ?

Quanto a mim vai ser o próprio António Costa. Estar nesta situação, dependente do PSD, com este a mostrar ao país que é por razões patrióticas que deixa o governo governar é o pior de tudo. O desgaste de um governo apertado por decisões difíceis que terá que tomar, por um lado, e andar de "boina" na mão a pedir apoios, ora à esquerda ora à direita, não se aguenta muito tempo. Se a esquerda lhe falha é porque os apoios de PCP e do BE mão têm nada de estáveis. Se a direita lhe dá mão fica demonstrado que os argumentados apresentados para formar governo foram uma golpada.

PS e PSD estão assim, de joelho em terra, à espera do tiro de partida. Nos próximos meses o PS vai distribuir umas prendas que, por poucochinhas, depressa se apagarão da memória. Nos meses seguintes virá a factura. A economia nem por sombras crescerá os tais impossíveis 2,4%. As exportações perdem gás e as importações começam a crescer. O emprego patina. Por fim as contas públicas iniciam a degradação.

Esta a posição de grande parte dos economistas que falam na vinda do 2º resgate que trará mais austeridade.

Mariana Mortágua do BE diz em entrevista que não perdoará um cêntimo que seja ao governo PS, esquecendo-se que o cêntimo é dos contribuintes não é do governo. O PCP pela mão da CGTP não perdoará ao governo uma greve que seja, esquecendo-se que quem ficará em terra à chuva e ao sol são os utentes.

Acreditam que mesmo nós , os tugas, aguentamos esta balbúrdia durante muito mais tempo ?

 

E se o TC der um chumbo redondo ao Orçamento ?

O pior cenário possível. Porque a Troika diz que sem cortes nos salários e nas pensões dos funcionários públicos isto não anda, não dá. E a Troika sempre que o TC não deixou passar esses cortes obrigou o governo a voltar a eles. Não é teimosia, é porque sem esses cortes não há ajustamento das contas nacionais. E agora, com outro chumbo? Um pesadelo!

A Troika vai-se embora e diz que não há mais dinheiro e não haver mais dinheiro é não haver mais salários e pensões. Resultado? Deixo isso à imaginação fértil dos meus leitores. Novo governo daí a 3/4 meses, sem maioria absoluta, negociações, mais um  mês, voltar às negociações com a Troika ( agora sem o FMI) e tornar a pedir dinheiro agora muito mais caro e com medidas muito mais duras ( 2º resgate). Que tal?

Voltamos então ao pior cenário: o de os parceiros europeus não aceitarem financiar mais o país, alegando que a Constituição impede um corte na despesa do Estado que, com os altíssimos encargos com juros e fraco crescimento económico, torna o Estado insustentável. E não aceitam financiar porque um segundo resgate de nada serviria – porque ele implicaria sempre mais medidas, e essas medidas passariam sempre por cortes em pensões e salários – que o TC não deixava passar.

Há alguma palavra que não entendam?

Seguro não percebe que o 2º resgate lhe cairá no regaço

Henrique Monteiro , diz que se Seguro visse para além do umbigo não perderia esta oportunidade política. Antecipava-se à Troika e ao Presidente e apresentava as condições que considera necessárias para tirar o país da situação. Condições, evidentemente, que pudessem ser aceites pela Troika.

Se o país, saísse da situação, Seguro seria considerado o "nosso herói" e ganharia com facilidade em 2015 as legislativas. Não o fazendo, antes ameaçando, Seguro com um bocado de azar vai governar com o 2º resgate no regaço. Vai ser obrigado a implementar medidas muito mais duras que as actuais. Como se viu e vê na Grécia.

Opondo-se, da forma que o está a fazer, Seguro corre o risco de ser o perdedor maior se o país sair da situação apesar dele. E em 2015 nem sequer será o candidato a primeiro ministro pelo PS.

"Mas Portugal tem, até essas eleições (que serão em maio) um problema descomunal: pode vir a sofrer um segundo resgate. Isso significaria um perdão parcial da dívida, um desastre para a banca nacional, condições externas impostas de forma muito mais dura e um prolongamento da tutela do país. Ou seja, o preço a pagar por Seguro será o de ir para o Governo em 2015 com uma situação pior do que a atual e obrigado a tomar medidas tão ou mais gravosas."


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/um-seguro-pouco-seguro=f833403#ixzz2gZacU2PY