É deste investimento privado tecnologicamente avançado que o país precisa. Tudo ou quase tudo o que produz é para exportação .
Com a instalação de duas empresas francesas no Parque aeronáutico de Évora, a Mecachrome e a Lauak, o sector aeronáutico está a promover a criação de 700 novos empregos. Vagas destinam-se a profissionais para o fabrico de componentes metálicos para aeronaves e produção de peças.
A estes investimentos vêm, ainda, juntar-se dois novos projectos da Embraer em Évora, anunciados pelo Governo no início de Abril e que resultam de um investimento total de 93,5 milhões de euros e a criação de 262 postos de trabalho.
E a seguir tal como aconteceu com a AutoEuropa ( no parque de Palmela há 70 empresas fornecedoras ) crescerão as médias empresas fornecedoras.
O triângulo aeronáutico do Alentejo com os vértices em Évora, Sines e Beja deu hoje mais um passo na sua consolidação. A licença de ocupação para a construção e a exploração da unidade foi hoje assinada, no aeroporto de Beja, entre a empresa ANA – Aeroportos de Portugal, que gere a infraestrutura aeronáutica alentejana, e a AeroNeo, que tem sede em Portugal e é participada pela suíça GreenParts Holding.
“A AeroNeo, promovendo o seu conceito de valorização de ativos aeronáuticos e juntando numa única plataforma de excelência as atividades de manutenção, desmantelamento, gestão de peças e formação aeromecânica, ambiciona ser um ator principal na consolidação do ´cluster` aeronáutico” em formação no Alentejo” e “no fecho do triângulo industrial aeronáutico Beja-Évora-Sevilha”, disse.
O objetivo da unidade “é a revalorização de componentes aeronáuticos extraídos em aviões em fim de vida”, através de um processo que “parece muito mais uma clínica do que uma indústria de sucata”, explicou Dominique Verhaegen.
Num primeiro momento, a AeroNeo prevê transferir as operações pesadas para Sines, “onde já há um embrião de indústria de reciclagem”, disse, referindo, a título de exemplo, que as 16 toneladas de alumínio que serão extraídas de um Airbus 319 irão ser tratadas em Sines.
O aeroporto de Beja "continua a ter transporte de passageiros, mas não é um transporte regular de passageiros", o qual "vai chegar um dia", admitiu, estimando que a conclusão da A26 e o desenvolvimento do turismo em Troia "poderá criar fluxos" de turistas "mais permanentes" para o Alentejo.
É disto que Portugal precisa, minha gente. Investimento, transferência de tecnologia, criação de emprego
Há coisas bem mais interessantes em Évora do que as que normalmente fazem notícia. A Embraer - 3º maior fabricante do mundo de aviões - está em negociações com o governo para avançar com a produção de um novo avião para além do cargueiro que já lá fabrica. Para isso é preciso expandir as fábricas já existentes no Alentejo e criar emprego.
Este é um dos projectos que integram o plano de investimentos em curso apoiado nos subsídios europeus - plano 2020.
"Já desenvolvemos os protótipos dos novos E-Jets, a série E2, em Évora e estamos a discutir com o Governo português, no âmbito do Portugal 2020, que se faça em Évora a fabricação dos aviões"
As visitas podem ser de amizade e grande parte delas são mesmo de amizade mas, paralelamente, há visitas com outro objectivo. Tal como já aqui escrevi. e aqui
"Sócrates tem um grande poder: as vitórias do PS nas eleições legislativas e de Guterres nas presidenciais, dependem dele. Se ele quiser, Costa e Guterres perdem. E a sucessão de visitas mostra que o PS sabe isso. A visita de Guterres foi, na minha opinião, a declaração de que é, pelo menos, pré-candidato presidencial. Sócrates decidirá se também será candidato. Calculo que em Évora, os amigos de Sócrates lhe dirão qualquer coisa como “tem calma e não prejudiques o partido.”