Há liberdade de escolha na morte mas não há liberdade de escolha na vida
Um cidadão que foi limitado em toda a sua vida na liberdades de escolha pode, em "sofrimento atroz e intolerável", ter liberdade de escolher a morte.
É uma trágica ironia que uma parte da esquerda invoque a liberdade de escolha para defender a eutanásia.
O cidadão não pode escolher o hospital onde quer ser tratado. Uma família não pode escolher a escola para os seus filhos. Só pode escolher se tiver dinheiro para isso.
Um contribuinte não pode escolher a melhor forma de constituir a sua reforma, a não ser que tenha posses para capitalizar no privado.
Nestes e noutros domínios não há em Portugal verdadeira liberdade de escolha. A liberdade de escolher a morte é uma hipocrisia. Como liberal defendo a liberdade de escolha. Na morte mas também na vida.
PS : Luis Marques - Expresso