Sobrevivente do Meco nunca esteve em perigo de vida
Houve uma nítida tentativa de branquear a tragédia do Meco. Pelo silêncio das autoridades, da universidade e do próprio sobrevivente. Só a vontade das famílias enlutadas não permitiu que se calasse o que deve ser do conhecimento de todos. Para que não se repita. Para que se saiba o monstro ritual que está por trás destas pretensas praxes.
Hoje o CM diz, em título, que o sobrevivente nunca esteve em perigo ao contrário do que veio a público. Ontem Marcelo Rebelo de Sousa, na TVI, sublinhou que as práticas usadas nas praxes são ilícitas, mesmo com o consentimento dos próprios. O ambiente que se cria pressiona as vítimas a consentirem práticas que não são próprias de um ambiente saudável.
O Secretário de Estado da Juventude e Desporto veio hoje também dizer que a praxe não consente o atropelo à dignidade e à integridade do praxado. Conheceram-se documentos que revelam chantagem como ameaçar os alunos que se não aderirem podem perder o curso. E, revelam, uma organização de tipo mafioso, secreto, com utilização de pseudónimos o que indica, que os seus autores têm consciência do ilicito que cometem.
Tudo isto é do âmbito policial porque há quem ande a incumprir a lei.