Só a indignação civil forte fará recuar o PCP
Quando Vitor Gaspar quis mexer na TSU houve como poucas vezes uma reacção da sociedade civil forte e clara que obrigou o governo de então a recuar. É o que está a acontecer agora com a lei do financiamento dos partidos.
PCP e Verdes ( que outros?) já vieram dizer que estão contra o veto do presidente da república que reúne o acordo da maioria dos cidadãos. E apostam na devolução da proposta a Marcelo sendo este obrigado a promulgar a lei.
Os partidos sem um efectivo escrutínio da sociedade civil rapidamente se transformam em seitas com as suas regras próprias e sem compromisso nenhum com os cidadãos/contribuintes. Este é um padrão que caracteriza os partidos totalitários . Só há partidos diferentes porque a isso os comunistas foram obrigados pela força da sociedade civil em 1974/5 . E só se dão explicações à sociedade civil se o presidente da república vetar e a população exigir. Sem essa indignação o PCP comporta-se como é apanágio da sua natureza totalitária.
Indignação civil é a resposta . Os partidos portugueses são assim, quanto muito, investigáveis. E é isso que, na sequência da polémica recente, muitos órgãos de media têm feito e muito bem. Desde a trama que levou à aprovação (quase) clandestina das alterações ao financiamento partidário, às finanças ruinosas de alguns partidos que estão falidos, passando ainda por outras estórias não menos miseráveis como as avenças dos assessores políticos na Câmara Municipal de Lisboa, não tem faltado investigação de qualidade. Na verdade, o que falta é outra coisa. O que falta é indignação civil.
Mas nem assim o PCP recua . O que é isso da sociedade civil ?