Ser político é influenciar decisões em proveito próprio
Hortense Martins é presidente da distrital do PS de Castelo Branco e deputada à Assembleia da República. O marido é Presidente da Câmara de Castelo Branco e está envolvido num processo de perda de mandato porque fez negócios( enquanto autarca) com a empresa do pai .
É público que o Hotel Dona Amélia naquela cidade é da família e vamos sabendo que há outras empresas criteriosamente instaladas em sectores que beneficiam de subsídios estatais. Diz-se na Beira Baixa que quem está perto do fogo, aquece-se. E os subsídios são concedidos.
O Estado quer agora que a deputada devolva 170 mil euros de um subsídio concedido a uma sua empresa. Empresas com accionistas políticos e beneficiárias de subsídios estatais são como cogumelos. Conhecem os programas europeus que concedem os subsídios e têm poder para influenciar as decisões . Juntar poder e dinheiro dá nisto e, é por isto, que o Estado centraliza tudo e quer estar em toda a parte.
Descentralizar e perder poder nunca será objectivo do estado central a não ser que a sociedade civil o exija.