Se o ridículo matasse não chegavam à sobremesa
Almoços de homenagem a um político que o Ministério Público investiga na base de existirem fortes suspeitas de crimes praticados enquanto Primeiro Ministro. Que país é este ?
Chamam-lhe menino de ouro e estadista. Um politico que levou o país à bancarrota. Mas mesmo que assim não fosse o que leva políticos ressabiados e povo anónimo a fazer estas figuras ? Agradecem o quê ?
Não acreditam na Justiça ? Se é assim lancem uma petição para que ao nível mais alto do Estado se façam as necessárias mudanças. Em Democracia a Justiça responde perante o Parlamento e este perante o povo.
Para que servem os almoços ? A Justiça vai deixar de investigar porque há umas centenas de pessoas que se juntam para almoçar e, com isso, dar uma oportunidade ao ex-primeiro ministro de aparecer nas televisões ? A Justiça tem medo do que Sócrates poderá dizer ? Ou a ideia é facilitar a participação na vida politica mesmo na situação de arguido, agora que aí estão as presidenciais ? Operação de lavagem ?
Acho que o próprio tem todo o direito de participar na vida social e politica agora, o que move os apoiantes é que me escapa de todo. O que sabem eles do processo ? Acreditam na narrativa ? Têm todo o direito de acreditarem, como eu tenho o direito de não acreditar, mas nunca me passou pela cabeça promover um almoço de homenagem ao Inspector Rosário Teixeira.
No outro dia a magistrada Maria José Morgado - lutadora pela liberdade antes do 25 de Abril - num programa de televisão sobre o assunto, perguntava : mas acham que os magistrados e os trinta e tal juízes que nos tribunais de todos os níveis, consideram as provas reunidas sólidas, estão todos malucos ?