Salvar o SNS - o estado só paga medicamentos que curem
Partilhar o risco com quem vende o medicamento. Este sistema permite dar resposta aos elevados preços dos medicamentos que aparecem no mercado rotulados como inovadores. Medicamentos para a Hepatite C ( apareceram agora uns quantos) e para o cancro. Deixa de haver aquela conversa do "racionamento", da autorização tardia e outros esquemas com vista a vender medicamentos que ainda não provaram.
Com este modelo, há uma clara poupança para os cofres do Estado, pois antes das negociações estava previsto que o Ministério da Saúde gastasse 30 milhões de euros nos tratamentos. Ou seja, em vez de pagar 27 mil euros anuais por cada doente com hepatite C, o Governo vai assim gastar 15 mil euros.
Claro que nos países mais evoluídos há muito que existe esta prática. Com vinte anos de atraso e respectivos custos, chegou enfim a Portugal uma política do medicamento com inegáveis vantagens para o doente e para o bolso do contribuinte. É preciso recordar que os "genéricos" impuseram-se há bem pouco tempo depois de uma guerra com os clínicos. As centrais de compras nos hospitais poupam milhões ao SNS e à industria.
Só com uma atitude de mudança e muita persistência é que é possível levar de vencida as corporações que se alimentam do orçamento do estado.