Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Sair do Euro equivale ao quanto pior, melhor

João Ferreira do Amaral e Francisco Louçã juntam forças para defender a saída de Portugal do Euro. Basicamente, o que defendem é que "tudo é preferível a vinte anos de protectorado". Quer dizer, estamos novamente na área dos nacionalismos tão apreciados na extrema esquerda e na extrema direita. Não dizem como se sai do Euro nem como ficaria o país no dia seguinte. Vagamente, dizem que o país ficaria mais pobre entre 30 e 40% mas percebe-se que a contrapartida era pôr as rotativas do Banco de Portugal a emitir dinheiro. Escudo novo.

Também não dão explicação nenhuma para o facto de na UE ninguém falar da saída do euro  o que prova uma resiliência inesperada ( entrou mais um país : a Estónia). Lá vem também a famosa renegociação da dívida, sem dizer como se faz, mas neste assunto acho que depois da proposta  de Louçã ( que ninguém levou a sério) a coisa seja para esquecer. E, assim, temos Jerónimo, Ferreira do Amaral e Louçã a apresentar um desejo eminentemente político, tal como os anglo-saxónicos atlantistas que sempre tiveram como objectivo derrubar a moeda única europeia.

Assim se nega o mundo em que vivemos e se ignora que, em Portugal, foi raríssimo haver equilíbrio orçamental e externo nos regimes liberais; só em ditadura e a que preço. A não ser que seja disto que os proponentes da saída do euro estão a falar sem o saber ou, pior, sabendo-o muito bem. A saída do euro colocar-nos-ia de novo a quilómetros da Europa! É isso que queremos?

Um dia argumentei com o Prof Ferreira do Amaral que Portugal tinha estado 900 anos fora do Euro e que o resultado foi a miséria, a emigração e a ditadura. Ficamos assim...