Reformas terão que ser a quatro ou seja não serão
Consensos exigem a extinção da geringonça no que ninguém acredita :
Antes de haver qualquer acordo substancial entre o PSD e o PS (e eventualmente o CDS) teria de ser decretado o funeral da “geringonça”. Ninguém acredita numa reforma da Educação, na Saúde, no Estado e ainda menos na Segurança Social que fosse capaz de juntar na mesma mesa Catarina Martins, Jerónimo de Sousa, António Costa e Rui Rio. Se o Bloco e o PCP não se entendem com o PS em tudo o que vá para lá da devolução de rendimentos aos funcionários públicos, como iriam fazê-lo com o PSD? Juntar o PSD ao clube numa agenda de reformas só tornaria a engenhoca ainda mais instável e incoerente. E António Costa sabe-o bem. Tão bem que já veio dizer que, a haver acordos sobre reformas, terão de ser a quatro – ou seja, não serão. Ou serão meios acordos baseados em propostas do Governo, como o pacote da descentralização, ou em desenhos vagos sobre o ciclo de fundos estruturais que chegará depois de 2020.
E é isso, PCP e BE amarram o país impedindo qualquer reforma