Reestruturação da dívida pública de acordo com a Europa e sem calotes
Reestruturar a dívida pública só de prazos e de juros e de acordo com a Europa. Baixar a taxa de juros para 1% e aumentar o prazo para 60 anos.
A parte da dívida que seria objecto desta reestruturação é a que o país tem em relação à Europa e a dívida na posse do Banco de Portugal. Os outros credores (mercados) não seriam chamados a este esforço.
Claro que esta proposta só se fará ao nível europeu e poderá ser estendida a todos os outros países com dívida elevada e em processo de recuperação das suas economias.
Uma extensão da maturidade média dos 51,6 mil milhões de euros de dívida à União Europeia e da Zona Euro dos actuais 15 anos para 60 anos; a redução da taxa de juro média cobrada dos actuais 2,4% para 1%; e a manutenção indefinida no balanço do Banco de Portugal dos 28 mil milhões de euros de dívida pública que o banco central terá acumulado no final deste ano no âmbito do programa de compra de activos do BCE (PSPP). A estas medidas acrescentariam outras quatro de poupança em juros que dependem apenas do Governo.
No que diz respeito a Portugal esta proposta a ser aceite teria os seguintes resultados :
De forma simplificada, estima-se que o valor presente da dívida pública (estimativa equivalente à "dívida de Maastricht") cairia de 130,7% para cerca de 91,7% do PIB", lê-se no relatório, que estima uma redução da despesa com juros de 450 milhões de euros em 2018, que cresceria para 1.900 milhões em 2023, ano em que poderia mesmo chegar aos 2800 milhões de euros, caso o PSPP fosse estendido no tempo.
E sem os calotes desejados por aqueles que querem sair da Zona Euro.