Quem pode vai aos hospitais privados como é o caso dos beneficiários da ADSE
Não se trata de ser melhor ou pior trata-se de acessibilidade e de conforto . Os hospitais públicos praticam na generalidade medicina de grande nível , mas estão frequentemente debaixo de uma grande pressão. Esperar 6 horas para ser atendido numa urgência não é solução mesmo que o "Protocolo de Manchester" tenha trazido menos ansiedade ( uma pré observação indica a gravidade dos sintomas e define a urgência do tratamento) .
E esperar meses nas miseráveis listas de espera para ser operado ou obter um exame é inaceitável e alguns desses doentes morrem sem tratamento . São todos pobres os outros que podem encaminham-se para os hospitais onde há vagas. Deixar sofrer e morrer não é solução !
Uma pessoa que se sinta doente está debaixo de uma ansiedade que não lhe permite ver com razoabilidade a situação. Consideram-se todos os que mais necessitam da atenção médica.
É, pois, natural que à medida que o nível de vida cresce mais cidadãos procurem o sector privado menos pressionado . Aconteceu assim em todos os países europeus mais ricos e está a acontecer por cá até que a balança entre os sistemas se ajuste . Tudo tende para o equilíbrio e a procura e oferta hospitalares não são excepções .
Esta pandemia também lutou contra a demagogia ideológica . As cirurgias que não se executaram, as consultas que não se realizaram e os milhares de mortes por doenças " não convid " mostram-no à evidência. Os funcionários públicos beneficiários da ADSE socorrem-se dos hospitais privados, se assim não fosse nenhum funcionário pagaria os 3,5% sobre o salário.
É preciso olhar pelo lado dos doentes.