Quase impossível encontrar mão-de-obra em algumas posições
Hoje em conversa com várias pessoas, incluindo empresários, a ideia comum é que há uma larga percentagem de jovens qualificados que têm como prioridade uma experiência fora do país. Mesmo que encontrem trabalho em Portugal querem emigrar. A maioria com o intuito de voltar mais valorizados profissionalmente. Outros há que aceitam emprego em empresas nacionais de grande dimensão com actividades fora do país . Isto nas profissões mais procuradas. É quase uma missão impossível, nomeadamente "contact centers", perfis que combinem conhecimentos de línguas estrangeiras e os já habituais perfis altamente técnicos, por exemplo, para a indústria de moldes"
Embora "na maioria das áreas de formação essas dificuldades não se verifiquem, Carlos Maia, director da Hays, admite também que "por vezes é difícil identificar jovens em certas áreas de formação, sobretudo nos sectores de Engenharia", nas especialidades de Informática, Electrotécnica e de Computadores, Mecânica e Gestão Industrial. Também na área financeira há alguns perfis que, pela sua tecnicidade, e apesar de serem designados "juniores", são difíceis de encontrar num jovem que está a iniciar a sua carreira.
"Na área da banca, por exemplo, perfis técnicos relacionados com áreas de risco ou mercados financeiros não são fáceis de identificar, pois requerem conhecimentos adicionais aos adquiridos durante a faculdade"
Há dificuldades de emprego por causa da crise e também porque a formação não está direccionada para as necessidades das empresas. É cada vez mais necessário as escolas terem autonomia para detectarem essas necessidades e dar-lhes resposta concreta.