PS e o governo em convergência discreta
O PS afastou-se do manifesto dos 74. Seguro não assinou e Óscar Gaspar confirmou que o PS não irá repor salários e pensões. Cavaco diz que não é o momento e Durão também. Isto, evidentemente, não é por acaso. Neste capítulo convém assinalar a colaboração discreta, mas importante em termos de percepção internacional, do PS com os objectivos perseguidos pelo Governo. Quando apareceu o "manifesto dos 70" (74), António José Seguro teve o cuidado de não colar o PS ao documento, o que daria à posição do País, neste preciso momento, fragilidades evidentes. Mas há quem, mais papista que o Papa, insista. Ora, PS, PSD e CDS são mais que suficientes para não deixar passar na Assembleia da República o manifesto assinado nem que seja por milhares de cidadãos. Serve, pois, para quê? Para levantar problemas ao país?