Professores de português sem colocação devem emigrar
António Costa faz o mesmo convite razoável anteriormente feito por Passos Coelho. Uma das grandes vantagens da União Europeia é que torna os horizontes pessoais e profissionais muito mais alargados.
Gente capaz, jovem, não tem que passar os melhores anos da sua vida numa vil e apagada tristeza . Porque com a União Europeia podem emigrar com segurança, viver e trabalhar em países europeus onde se ganha bem e se beneficia de uma boa qualidade de vida.
Mas com Passos Coelho isto tornou-se numa indignação generalizada na esquerda, com Costa "no pasa nada".
O primeiro-ministro António Costa disse que o compromisso do presidente francês sobre o ensino do Português é uma oportunidade para muitos professores de Português que não têm trabalho em Portugal. As declarações foram transmitidas pelos canais de televisão e não tardaram a ser comparadas às do anterior primeiro-ministro.
Há uma espécie de clorofórmio inebriante que transforma a mesma medida em boa ou má conforme a origem. Se é de Passos é má e neoliberal. Se é de Costa é de estadista. Foi assim que chegamos ao PEC IV de Sócrates. Só muito tarde houve coragem para nos libertarmos de um manto de silêncio.
"“Costa negou ter dito o que disse quando aconselhou os professores a emigrar. E negou indignado, talvez crente na sua própria propaganda que apaga do passado todos os deslizes e malfeitorias do PS.
Isto tem causado algum espanto entre alguns. Recordo apenas que na campanha eleitoral de 2015 Costa, em pleno delírio estalinista, tentou fazer voar a mentira de que tinha sido o PSD a chamar a Troika.
De resto, não foram muitos os debates quinzenais na última legislatura em que Costa não tivesse deixado uma mentirinha ou uma reconstrução socialista-criativa do passado.
Só se espantam agora?”
Miguel Morgado