Predominantemente público sim, exclusivamente público não
Isto não é a União Soviética grita-se no PS, face à chantagem do Bloco de Esquerda na negociação da Lei de Bases da Saúde.
O BE fez saber que nas PPP não cedia mas, face à posição dos restantes partidos já está a ceder. É que a idiotice é de tal calibre que o próprio PCP refugia-se em prudente silêncio. É bem de ver que um Sistema Nacional de Saúde que deixa morrer pessoas em listas de espera precisa não de menos mas de mais oferta. Ora, sem complementaridade dos sectores privado e social quem sofre são os doentes. Por falta de consultas e de cirurgias.
Rio reiterou que os sociais-democratas defendem um sistema “predominantemente público”, mas que não pode “dispensar a complementaridade do setor social e do privado”. “Predominantemente público sim, exclusivamente público não, como exclusivamente privado também não. Se o PS se aproximar, nós votamos favoravelmente, se não se aproximar não podemos votar favoravelmente”
Do BE não é de estranhar que não se importe que os doentes morram à espera, afinal ficamos hoje a saber que também não se importam que os adversários políticos morram e depressa.