Portugal é pobre e está em vias de empobrecimento relativo
E eis como, por felicidade, não incorreremos no triste destino da Noruega, que, além de nos vender bacalhau, é produtora de petróleo (nós, não!), 7.º país mais rico, próspero e feliz do Mundo (nós, não!), tem um PIB per capita de mais de 62.000 euros (nós, 29.000), e é a 16.ª nação mais competitiva do Mundo (nós, 34.ª).
Não queremos ser como a Noruega. Não há nada como as nossas renováveis e a nossa «transição energética», que sempre permitem mais um imposto, mais um emolumento, mais uma taxa – para custo actual e felicidade futura, como no credo socialista.
Em 1999, Portugal tinha 84% do rendimento per capita europeu; divergiu e tem hoje apenas 78%. A economia desacelerou para o ritmo mais lento desde a primeira metade de 2016, e tem a quinta taxa de crescimento mais baixa da Zona Euro. A previsão de crescimento por parte da Comissão Europeia para 2019 é de 1,8%, o que corresponde à 21.ª posição entre 28 países e ficará abaixo da média europeia de 1,9%. Em 2018, ultrapassar-nos-ão em riqueza a República Checa, a Eslovénia, a Eslováquia, a Lituânia e a Estónia. E, continuando as coisas como estão, a próxima década promete-nos que seremos também mais pobres que Croácia, Hungria e Polónia.
O «milagre económico» é como o «fim da austeridade» e a «redução da carga fiscal» – não existe. Portugal é pobre e está em vias de empobrecimento relativo.