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BandaLarga

as autoestradas da informação

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as autoestradas da informação

Portugal desperdiçou quase dois anos e anda meio mundo radiante !!

Graças à “geringonça”, apesar de beneficiar de condições externas mais favoráveis, o pais perdeu quase 2 anos : no crescimento do Pib (que só agora alcançou os niveis que já se verificavam no primeiro semestre de 2015 … mas há quem sustente que é meramente conjuntural) ; na redução do custo do refinanciamento público a mais longo prazo (que duplicou em vez de ter continuado a descer como no resto da zona euro) ; nas reformas estruturais (incluindo a do sistema de pensões, que Passos Coelho queria discutir e fazer e o PS não) ; etc ; etc.

Mesmo assim, anda meio mundo radiante !!

31 comentários

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    Fernando S 20.05.2017 15:55

    A mesma noticia linkada precisa :
    "Os economistas têm contudo alertado que não é expectável que a economia portuguesa prolongue esta tendência de aceleração ao longo dos próximos trimestres. As previsões têm apontado para uma economia mais forte na primeira metade do ano, que irá perdendo progressivamente ímpeto no segundo semestre. Ainda assim, todos esperam um crescimento mais forte do que em 2016, quando o PIB avançou 1,4%, sendo que as novas estimativas apontam para que a economia portuguesa possa crescer acima de 2% este ano."

    Acontece que já no primeiro trimestre de 2015, há dois anos atrás, se estimava que a economia portuguesa pudesse crescer acima dos 2% em 2015 e, tendo em conta que a tendência parecia ser sustentável num contexto externo mais favorável, pudesse inclusivamente acelarar ainda mais nos anos seguintes.
    Portanto, tal como é dito no post, Portugal perdeu (pelo menos) 2 anos quando precisava de ter ganho tempo aproveitando a embalagem que vinha de trás e as condições externas mais favoráveis.
    O bom estado de uma caravela não se prova em tempo de bonança mas sim em condições de tempestade.
    Portugal não tem aproveitado este periodo de condições favoráveis para crescer mais, para consolidar mais e melhor, e para fazer as reformas estruturais de que precisa para poder enfrentar uma próxima fase descendente do ciclo économico ou outras condições de contexto excepcionais mais desfavoráveis.
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    António Filipe 22.05.2017 14:14

    Afinal, havia alternativa.
    http://www.jn.pt/nacional/interior/bruxelas-recomenda-encerramento-do-procedimento-por-defice-excessivo-8495348.html
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    Fernando S 22.05.2017 15:33

    Primeiro, não é "alternativa" nenhuma : o governo actual não fez o essencial do que disse que faria e, embora lamentávelmente mal e para pior nos detalhes, felizmente continuou no essencial a fazer a mesma politica que o governo anterior (austeridade, "obcessão" com o déficit, não reverter reformas feitas pelo governo anterior, não estimular os consumos e apostar antes nas exportaçoes e no turismo, etc, etc).
    Segundo, se não tivesse havido eleiçoes em 2015 e o governo não tivesse mudado, já teriamos saido do déficit excessivo (e do "lixo") em 2016 e estariamos hoje bastante melhor.
    O pouco de "alternativa" que houve ("devoluçoes" precipitadas, "reversoes" ideológicas, aumento do salário minimo, ambiguidades quanto à UE, etc, etc) é que explica que tenhamos perdido pelo menos 2 anos de crescimento mais rápido, de melhor consolidação orçamental, e de reformas estruturais !!
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    António Filipe 22.05.2017 18:17

    Até a UGT diz que, afinal, havia alternativa.
    http://portocanal.sapo.pt/noticia/123078
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    Fernando S 22.05.2017 23:05

    Se a UGT, cujos dirigentes principais são em geral militantes do PS, o diz então ....
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    António Filipe 22.05.2017 23:19

    O Coelho já vos disse em que partido votar?
    Vai ser no PS, no PCP ou no BE?
    Ou deixa isso à escolha de cada militante?
    https://www.youtube.com/watch?v=El0hefklDB0
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    Fernando S 22.05.2017 23:43

    Coelho tinha razão : não é possivel acabar com a austeridade de um dia para o outro e reduzir os déficits ao mesmo tempo.
    A "geringonça" apenas "devolveu" alguma coisa, pouco, às suas clientelas.
    Mas também aumentou impostos e retirou recursos em serviços públicos importantes.
    Globalmente, a austeridade não acabou.
    A "geringonça" não fez o que tinha dito que iria fazer, acabar com a austeridade.
    Também não reduziu a divida pública, fosse por que meio fosse, aumentando reembolsos ou não pagando.
    Também não pôs a economia a crescer desde que chegou ao governo. Só quase dois anos depois é que, com uma economia que já fora anteriormente ajustada e graças a condições externas mais favoráveis, o pais retomou um ritmo de crescimento trimestral igual ou superior ao do primeiro semestre de 2015.
    Também não fez reformas de fundo e estruturais. Mas aqui é justo que se diga que nunca dissera que as faria, antes pelo contrario. A "geringonça" nunca foi nem nunca será uma força reformista.
    O único mérito do governo actual foi não ter feito a maior parte das mudanças que anunciara.
    O principal defeito foi não ter continuado e alargado o trabalho do governo anterior através de reformas estruturais que preparassem o pais para ter mais crescimento e uma situação financeira mais equilibrada.
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    António Filipe 22.05.2017 23:47

    Sim, mas vai votar no PS, no PCP ou no BE?
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    Fernando S 23.05.2017 00:36

    Porque é que haveria de votar em partidos que não fizeram o milagre de acabar com a austeridade e consolidar as contas públicas ao mesmo tempo ??!!...
    É que nem acabaram com a austeridade nem reduziram a divida pública !
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    António Filipe 23.05.2017 00:40

    Já o PSD e o CDS, quando estiveram no governo, não tiveram austeridade e reduziram a divida pública.
    https://www.youtube.com/watch?v=eMgVbPiGIwk
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    Fernando S 23.05.2017 00:50

    A diferença é que o PSD e o CDS não disseram demagógicamente que iriam acabar com a austeridade e reduzir a divida pública de um dia para o outro !...
    E é bom que não se perca de vista que a austeridade foi uma consequência da politica desastrosa do governo socialista até 2011 e que a austeridade começou a ser aplicada em 2009 pelo ... mesmo governo socialista !...
    E é bom lembrar que a divida pública tinha começado a baixar em percentagem do Pib em 2015 e que passou a aumentar com o governo da "geringonça" !...
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    António Filipe 23.05.2017 00:56

    Pois não.
    O Passos Coelho só prometeu que não ia baixar salários, nem reformas, nem pensões. Disse que isso era um disparate.
    Também disse que não ia aumentar impostos.
    E não me venham dizer que fez isso tudo por causa do memorando da troika, porque ele já sabia o que estava no memorando, que o PSD também assinou.
    O Coelho até disse que queria ir além da troika. E foi.
    O Catroga disse que aquele memorando era o programa do PSD.
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    Fernando S 23.05.2017 01:57

    Passos Coelho não prometeu nada disso....
    Disse que pensava que não seriam necessários mais sacrificios do que aqueles que já estam previstos no memorando com a Troika.
    Memorando esse que, tenha-se sempre presente, foi elaborado com base em informações incorrectas fornecidas pelas autoridades portuguesas e negociado pelo governo socialista de José Sócrates.
    Quando muito, Passos Coelho não avaliou perfeitamente a realidade e sub-estimou as dificuldades e os sacrificios a pedir aos portugueses.
    Mas os outros, incluindo o partido do governo que levara o pais para aquela situação critica e que já começara a aplicar medidas de austeridade, numa escalada propagandistica para tentar ganhar as eleições, prometeram então muito mais.
    Passos Coelho disse efectivamente que o programa da Troika, para além de uma condição dos credores para que Portugal recebesse o dinheiro indispensável para não ir para a bancarrota, continha medidas de austeridade e de ajustamento que eram necessárias e do interêsse do próprio pais pelo que, se fosse possivel, se deveria ir mesmo para além da Troika.
    Mas, a verdade, talvez infelizmente porque talvez tivesse sido possivel, o governo não foi além da Troika, ficou mesmo aquém da Troika (no aumento de certos impostos sobre as familias e reduções de outros sobre as empresas, na redução da despesa pública com funcionários, na reforma do Estado, na liberalização do mercado de trabalho, etc, etc).
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    António Filipe 23.05.2017 02:20

    Só deixo aqui 3 exemplos, mas há montes deles no YouTube.
    É só procurar.
    http://expresso.sapo.pt/blogues/blogue_100_refens/as-mentiras-que-elegeram-passos-coelho=f760695

    https://www.youtube.com/watch?v=pjEIZKqqJdU

    https://www.youtube.com/watch?v=tXDFf_9LATM
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    Fernando S 23.05.2017 09:29

    "Passos Coelho não avaliou perfeitamente a realidade [do descalabro das finanças públicas e da recessão que herdou do governo anterior] e sub-estimou as dificuldades e os sacrificios a pedir aos portugueses [porque não havia então alternativa ; de resto, o dinheiro, que o pais não tinha e os credores disponibilizaram, veio com essa condição]."
    Mas os outros, incluindo o partido do governo que levara o pais para aquela situação critica e que já começara ele próprio a aplicar medidas de austeridade, numa escalada propagandistica para tentar ganhar as eleições, prometeram então muito mais [se falarmos em "mentiras" e em "promessas" impossiveis de cumprir então estas foram ainda bastante maiores]."

    E prometeram que, de volta ao governo, acabariam com a austeridade.
    No entanto, apesar do pais já não estar em ruptura financeira e sob resgate externo, apesar de ter herdado um pais a crescer e da conjuntura externa ser bastante mais favorável, o governo actual deu o dito por não dito e não acabou com a austeridade.
    É que nem sequer a diminuiu globalmente : a carga fiscal mantém-se, os serviços públicos essenciais não têm mais mas antes menos recursos, as pensões mais baixas não foram aumentadas, até os vencimentos e carreiras de base dos funcionários continuam congelados ; os escalões do IRS não foram actulizados ; o que foi "devolvido" no inicio da actual legislatura (que foi o que foi inicialmente cortado pelo governo ... socialista !...), seria também "devolvido" pelo governo anterior se tivesse continuado em funções, eventualmente a um ritmo mais prudente (em linha com a recuperação da economia), mas sem aumentos de impostos e sem reduzir recursos de serviços públicos essenciais.
    Mas aqui já não são "promessas não cumpridas" e "mentiras" ?!...
    A "grande promessa não cumprida" é "o fim da austeridade" !
    A "grande mentira" é estar hoje a dizer que já não há austeridade !!
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    António Filipe 23.05.2017 12:46

    Acho-vos tanta piada.
    O governo do PSD/CDS andou 4 anos a enganar os portugueses, destruindo o país e a vida de milhares de pessoas. Este governo, num ano e meio, conseguiu repor quase toda a destruição e, também muito importante, conseguiu repor a confiança e esperança no futuro da maioria dos portugueses.
    E estes é que são os maus da fita?!!!!
    Deixai as ideologias cegas, ide para a rua e ouvi o povo e logo se aperceberão da realidade. Vejam o que dizem as sondagens.
    Claro que se consideram que o povo é pateta, aí já não há nada a fazer.
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    Fernando S 23.05.2017 13:43

    Quem "destruiu" o pais foi quem o pôs na pré-bancarrota e numa profunda recessão : práticamente os mesmo que agora lideram e formam a "geringonça" !!
    Quem começou a "repor" as contas públicas (saida do resgate e regresso aos mercados) e a economia (crescimento e baixa do desemprego) foi o governo anterior, muito antes do actual chegar ao poder.
    O governo actual apenas apanhou a boleia e tem tido a sensatez de não levar à prática a maior parte daquilo que prometeu fazer e de manter muito do que o governo anterior levou a cabo.
    Mas, mesmo assim, o governo actual já fez e faz o suficiente de errado para que o pais tenha abrandado o ritmo de crescimento e consolidação das contas públicas e tenha deixado de fazer reformas estruturais que preparem e salvaguardem o futuro.
    O que já está a ter um custo imediato (com menos crescimento do que aquele que deveria e poderia ter, a austeridade mantém-se elevada e os rendimentos pouco crescem) e vai ter no futuro um custo ainda maior (com menos poupança e investimento e sem reformas, quando as condições externas forem menos favoráveis os riscos de estagnação e de descontrolo financeiro vão ser ainda maiores).
    As sondagens apenas mostram que há uma parcela maior da população que está a ser levada pela desinformação e pela propaganda e não está a perceber que o governo actual serve mais os interêsses de uma elite priveligiada e oligárquica e menos os da generalidade da população.
    Mas, com o tempo e com o evoluir da situação, e como tem sido recorrente na história contemporânea das nossas sociedades, as sondagens também mudam.
    Claro que os "patetas" são todos aqueles, e são uma parcela não desprezivel dos portugueses, que agora não se deixam enganar pelas aparências do momento e não confiam no governo actual para continuar a tarefa de recuperação e reforma da economia do nosso pais !...
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    António Filipe 23.05.2017 14:00

    Bem, a verdade é que, como diz o título deste post, meio mundo anda radiante.
    Já no governo do PSD/CDS, todo o mundo andava tristonho e apreensivo sem saber se, durante a noite, lhe era cortado o ordenado ou a pensão ou a reforma ou o subsídio de desemprego ou o RSI ou o CSI ou... sabe Deus o quê.
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    Fernando S 23.05.2017 14:39

    "todo o mundo andava tristonho e apreensivo"

    O "todo" é manifestamente um exagero !... (mas num pais em que supostamente antes só havia problemas e sofrimento e de um dia para o outro desapareceram os problemas e toda a gente passou a andar feliz e contente ... não é de admirar !...)

    Até certa altura, com um pais financeiramente nas lonas e em recessão económica, até havia razões para haver muita gente apreensiva.
    Mas estas apreensões começaram a diminuir a partir de certa altura, sobretudo de meados de 2013, quando a economia começou a recuperar e as contas a equilibrarem-se pelo que o nivel de confiança dos portugueses foi melhorando nos 2 anos seguintes ... ainda antes de chegar a "geringonça" !...
    A tal ponto que um governo que teve de aplicar medidas duras e impopulares até foi subindo nas sondagens (exactamente, "sondagens" !...) e até ganhou as eleições legislativas (e apoiou o candidato da sua área politica que ganhou depois as eleições presidenciais).
    Infelizmente, apesar da situação estar a melhorar e das perspectivas de futuro serem então bastante mais animadoras, o tempo politico foi curto e a vitória eleitoral foi insuficiente para se alcançar uma maioria absoluta.
    Abriu-se assim caminho para uma "geringonça" politica de forças com programas bastante diferentes e opostos (basta pensar na UE, no Euro, na Nato, etc) mas que se entenderam e se têm entendido para impedir a direita de governar e o pais de se reformar.
    Deste modo, é hoje o PS (até mais do que os outros partidos da "geringonça") que beneficia para já da percepção de uma melhoria relativa e conjuntural da situação económica e financeira do pais.
    Na politica também contam os factores sorte e oportunismo !!
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    António Filipe 23.05.2017 14:51

    Ganhou as eleições legislativas e esteve no poder p'raí 10 dias. Depois, perdeu, no parlamento, que é o que conta, porque a esquerda, afinal, é que tinha tido mais votos.
    O candidato às presidenciais a que se refere é aquele a quem Passos Coelho chamou "cata-vento"? Grande apoio!
    Quanto ao PS, tem razão - é ele que está a beneficiar mais.
    E até há o "perigo" (imagine-se!) de ganhar as próximas legislativas com maioria absoluta. Só basta que a direita continue a fazer a triste oposição que faz: sempre no passado, sem propostas nem ideias para o futuro e com um líder ressabiado por não ter conseguido ir ao pote.
    Por mim, deixem estar o Coelho, que está muito bem.
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    Fernando S 23.05.2017 15:53

    O PáF ganhou as eleições legislativas : foi a coligação mais votada.
    Simplesmente, como eu referi, não conseguiu a maioria absoluta no Parlamento. Mas nenhuma outra força politica minimamente homogénea, a começar pelo PS, conseguiu melhor.
    Nos 40 anos da democracia portuguesa, e em muitos outros paises democráticos, aconteceu e acontece com alguma frequência. Normalmente, o partido mais votado, mesmo que não tenha uma maioria absoluta, ou tende a formar uma coligação post-eleitoral com partidos mais próximos, ou governa em minoria tolerado por um ou mais partidos da oposição. Foi assim em Portugal por diversas vezes, entre o PS e o PSD e, por vezes, com o CDS. O PS nunca se quiz aliar com a extrema-esquerda. Precisamente por esta ser ... extrema. Muito os separava no plano programático. Incluindo a democracia, a economia de mercado, a UE, o Euro, a Aliança Atlântica, etc, etc.
    Desta vez, o PS quebrou a tradição e mudou radicalmente de orientação, recusou um acordo com o PSD/CDS e preferiu negociar com a extrema esquerda um pacto de maioria para inviabilizar um governo PSD/CDS viabilizar um governo minoritário do PS.
    Tudo isto foi constitucionalmente legitimo e, como é evidente, nunca esteve em dúvida, foi aceite na prática por toda a gente, incluindo o então Presidente da Répública e o PSD/CDS.
    Mas dizer que esta solução politica é constitucionalmente legitima não exclui que se possa também dizer que o PS mudou a sua orientação mais centrista e virou mais à esquerda e considerar que esta evolução foi e é negativa para o pais.
    Ou já não se podem criticar as maiorias parlamentares e de governo quando elas são de esquerda ?!...

    O actual Presidente da Répública foi eleito com o apoio politico do PSD/CDS e não do PS e dos partidos mais à esquerda, que apoiaram outros candidatos.
    Que existam e sejam públicas diferenças entre Passos Coelho e Marcelo Rebelo de Sousa nunca foi novidade para ninguém e é algo que acontece em todas as forças politicas minimamente democráticas e abertas (não acontece, por exemplo, num Partido Comunista).
    Portanto, se alguma área ganhou as eleições presidenciais não foi certamente a esquerda mas sim a direita.
    Que, depois de eleito, Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de todos os portugueses, exerça o seu mandato da maneira que muito bem entende já é outra conversa.

    É curioso ver alguém da esquerda "preocupar-se" com os hipotéticos erros estratégicos e de pessoas da oposição à direita !... Onde começa a hipocrisia, a manipulação, o cinismo ?!...
    Claro que se pode sempre discutir qual é a oposição que uma área politica determinada deve fazer. Sendo que o que conta não é apenas a eficácia eleitoral imediata do tipo de oposição mas também a fidelidade a valores e programas que essa área é suposta representar e que ela conidera serem os mais apropriados para o pais.
    Não creio que uma oposição diferente da que faz actualmente o PSD de Passos Coelho lhe permitisse estar melhor nas sondagens.
    Dizer que o que foi feito antes foi um erro e reconhecer que afinal o que faz agora o PS é que está bem poderia ganhar algum apoio ao centro mas desencorajaria muitos mais potenciais eleitores verdadeiramente de direita.
    Mas, mais importante, fazer uma oposição meramente oportunista para tentar ganhar eleições metendo as convicções na gaveta não é o que a esmagadora maioria dos simpatizantes de direita e muitos dos potenciais eleitores portugueses consideram essencial e necessário numa oposição que seja útil para o pais.
    Há hoje diversas circunstâncias objectivas e subjectivas, independentes do tipo de oposição que é feita, que permitem explicar e compreender o momento favorável do PS nas sondagens.
    E não é preciso estar de acordo e achar bem o que faz hoje o PS para perceber as verdadeiras razões da popularidade do PS.
    A oposição de direita deve, e tem a prazo tudo a ganhar, manter uma linha de coerência e fidelidade aos seus valores e ao seu programa e esperar que o tempo e a realidade acabe por mostrar que tem razão em defender um balanço do passado que foi importante para o pais recuperar da crise em que esteve mergulhado e um programa de governação que é a continuação e o aprofundamento do que foi feito antes, com as devidas correcções e adaptações a uma realidade que evolui, obviamente.
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    António Filipe 23.05.2017 17:18

    "o PS mudou a sua orientação mais centrista e virou mais à esquerda"

    E, ainda bem, como se vê pelos resultados.
    Para tirar a maioria dos portugueses do martírio em que viveram durante os 4 anos de governo da direita e também para demonstrar que, afinal, havia alternativa.
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    Fernando S 23.05.2017 18:58

    Infelizmente, o PS virou à esquerda na politica de alianças relativamente ao que sempre foi o seu posicionamento nos 40 anos da democracia.
    Esta atitude criou um precedente de quebra do arco da governação dos partidos moderados e de aliança com os extremos e teve forçosamente algumas consequências negativas na definição da politica económica do governo.
    Felizmente, embora tenha inicialmente feito algumas concessões aos partidos da extrema-esquerda para garantir o apoio parlamentar e uma certa paz social, o PM António Costa PS conseguiu com habilidade manietar os seus aliados e imprimir à politica económica do governo uma orientação mais moderada e de alguma continuidade com a politica seguida anteriormente.
    Ou seja, em termos de governação económica, embora tenha virado à esquerda relativamente à legislatura anterior, o PS acabou por se posicionar mais à direita do que o seu discurso anterior e o programa acordado com a extrema-esquerda sugeria.
    Ou seja, o governo da "geringonça" não aplicou nenhum programa "alternativo" ao anterior : manteve a austeridade e a "obcessão pelo déficit" ("devolveu" alguns rendimentos mas também cortou despesa e investimento públicos e aumentou impostos), não reverteu todas as reformas estruturais, não aumentou artificialmente o consumo privado, deixou a economia crescer apenas em função do investimento e das exportações, não "renegociou" a divida externa, não "bateu o pé" a Bruxelas, etc, etc.
    Fez essencialmente o mesmo mas com mais erros e mais omissões (em particular, nas reformas estruturais).
    Por isso, apesar de ter herdado um pais em muito melhor estado financeiro e económico do que o tinha deixado em 2011 e apesar de beneficiar de condições de contexto e externas muito mais favoráveis, o pais cresceu e consolidou menos do que poderia ter feito caso o governo anterior tivesse continuado ou mesmo sido substituido por um governo que não estivesse dependente de uma aliança politica com a extrema-esquerda.
    Mesmo assim, estando o pais em condições para crescer e tirar partido das circunstâncias interna e externas favoráveis, houve crescimento e a condição geral dos portugueses tem vindo a melhorar ligeiramente.
    Mas, dito isto, foi o PS de José Sócrates e António Costa que pôs "a maioria dos portugueses no martirio" (a palavra é manifestamente excessiva mas, seja o que fôr, o seu a seu dono !...) e foi o governo de Passos Coelho que "tirou a maioria dos portugueses do martirio".
    Se o PS estivesse hoje a fazer o que anunciou que faria, uma politica "alternativa", a maioria dos portugueses estaria já de novo no "martirio", e os portugueses só não estão hoje melhor porque o PS fez a "golpada" da "geringonça" em 2015 quebrando o ritmo de recuperação da economia então em curso (o pais perdeu quase dois anos e só agora retomou os niveis de crescimento que já registava em 2015).
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    António Filipe 23.05.2017 19:09

    Pode fazer os relatórios que quiser, mas a verdade é que os portugueses estão hoje muito melhor do que estavam durante qualquer um dos anos do governo de direita.
    E o país também.
    http://observador.pt/2017/05/23/portugal-capta-maior-valor-de-investimento-direto-estrangeiro-dos-ultimos-20-anos/

    https://www.dinheirovivo.pt/empresas/remax-vendeu-quase-10-mil-imoveis-no-primeiro-trimestre/

    http://www.portugal.gov.pt/pt/ministerios/meco/noticias/20170523-meco-exportacoes.aspx
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    Fernando S 24.05.2017 10:27

    (3)
    Ou seja, é verdade que os portugueses estão hoje melhor do que estavam mas poderiam estar e vir a estar ainda melhor com uma governação mais acertada e consistente !
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    António Filipe 24.05.2017 13:18

    "é verdade que os portugueses estão hoje melhor do que estavam"
    Completamente de acordo.
    "poderiam estar e vir a estar ainda melhor com uma governação mais acertada e consistente"
    Completamente de acordo, já que isso é uma verdade de La Palice.
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    Fernando S 24.05.2017 14:11

    As citações que faz são deliberadamente incompletas e descontextualizadas do resto do texto.
    A isto chama-se má-fé !!

    "Os portugueses estão hoje melhor do que estavam" ... graças ao governo da direita !...
    Duvido que esteja de acordo !...

    "Os portugueses poderiam estar e vir a estar melhor com uma governação mais acertada e consistente" ... como era e seria a do governo anterior !!
    Não há lapalissada nenhuma !!
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    António Filipe 24.05.2017 14:40

    Ó homem, não se irrite que não vale a pena.
    Se as citações estão descontextualizadas é porque o resto do texto não está lá. Suponho que deve estar noutro comentário qualquer. Não sei, não tenho controlo sobre isso. É o que faz haver censura prévia. Se tudo fosse publicado quando é escrito, talvez não houvesse confusões destas.
    Da minha parte, não houve má-fé nenhuma. Mas, da sua parte, talvez tivesse havido alguma precipitação ao dizer que eu, deliberadamente, fiz citações incompletas.
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    Fernando S 24.05.2017 16:31

    "O resto do texto" são o que chama "relatórios" ... Acha pouco ?...
    Compreenda que não posso estar sempre a repetir em cada frase ideias e argumentos que já foram longamente explicados no mesmo texto, no mesmo comentário (não perder de vista que alguns dos meus comentários, por serem demasiado longos, estão fracionados embora devidamente sinalizados).
    No minimo, as citações que fez estão descontextualizadas e as leituras que delas fez são abusivas.
    Não insisto na "má-fé" ... mas que há alguma malicia desconversadora, ah disso não tenho dúvidas !... ;)

    Não há "censura prévia", no sentido habitual da expressão (não editar comentários apenas pelas ideias neles apresentadas).
    O que há é uma autorização prévia no sentido de prevenir comentários insultuosos e despropositados.
    Este meu post, que foi o primeiro, ainda foi editado por defeito com moderação. Não posso voltar atrás.
    Mas, com a concordância do animador do blog, o meu segundo post e, em principio, todos os que venha eventualmente a editar de seguida, não tem nem terão moderação (os comentários são imediatamente publicados).
    Pelo menos se não se verificarem eventuais inconvenientes que agora me escapam ou sub-estimo (por exemplo, já reparei que a ausência de moderação torna mais dificil ao autor do post seguir os comentários que venham a ser feitos ; no caso de existirem muitos comentadores e comentários pode ser um inconveniente com algum peso).
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    António Filipe 24.05.2017 18:06

    Gostei da expressão "animador do blog".
    E também me ri um pouco com "no caso de existirem muitos comentadores".
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