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BandaLarga

as autoestradas da informação

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PCP e BE à mesa das negociações com o presidente do Eurogrupo

Para o PCP e o BE acabou o fingimento, estão contra mais aprovam o orçamento que cumpre todas as determinações de Bruxelas. O PS arranjou, enfim, um culpado, e o PSD e o CDS têm que arranjar um caminho alternativo. De direita, porque agora as políticas da Europa são de esquerda.

Porque ter o ministro das Finanças nesse cargo implica um compromisso do actual governo e do PS para com o cumprimento das regras orçamentais europeias, apesar da desconfiança e das pressões de PCP e BE. O que inevitavelmente arrasta a questão para a política nacional: também será esta uma boa notícia para os partidos? Para o PS, sim. 

Do lado da geringonça, a tensão é óbvia embora, no seu cerne, se limite às aparências. Sim, há algo de inconveniente na situação: PCP e BE, que ainda há poucos anos recusaram orgulhosamente reunir-se com a troika, passarão a sentar-se à mesa de negociações e a alinhar tudo com o presidente do Eurogrupo. Mas, se o incómodo se prevê indisfarçável, na prática nada muda: por mais que tal ideia lhes desagrade, os partidos da geringonça já são o rosto da contenção orçamental que esmaga o funcionamento dos serviços públicos para, em troca, satisfazer as suas clientelas. E é isso que se espera que continue a acontecer, nomeadamente quando se discutir o orçamento para 2019 (ano de eleições legislativas). Ou seja, à esquerda fica tudo na mesma. PCP e BE apenas já não poderão fingir-se inimigos mortais das políticas de contenção orçamental.