Passada a crise o sector privado voltou a ganhar peso
Não há como fugir a isto. Sempre que o país melhora, os sectores privados da Educação e da Saúde voltam a ganhar peso no sistema.No sistema de saúde há mais dezanove hospitais privados a juntarem-se aos 114 já existentes. No sistema da educação os colégios passaram a ter mais procura. A percentagem de alunos em colégios aumentou em todos os ciclos do ensino básico e secundário.
Globalmente, em 2000/01 a percentagem de alunos no privado correspondia a 11,8%. No ano lectivo passado era de 15,3%.No ensino secundário um em cada cinco estudantes (21,3%) paga para fequentar o ensino privado.
Sempre que as famílias melhoram o seu nível de vida, mais procuram os sectores privados da saúde e da educação.Isto é, se portugueses vivem mal e por isso não têm liberdade de escolha, não têm outro remédio que não procurarem o sector público.Assim que adquirem a liberdade de escolha, com maior folga financeira, procuram o sector privado.
Há aqui uma lição a tirar. Os estatistas que querem obrigar a sociedade civil a frequentar os serviços públicos medíocres esbarram com esta realidade. A liberdade de escolha corresponde a mais procura do sector privado.
Até há quem diga que os estatistas não têm especial simpatia com níveis elevados de qualidade de vida dos cidadãos. Perdem doentes nos hospitais públicos e alunos nas escolas públicas.