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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Para quê apear António Costa ?

Nas presentes circunstâncias há que dar corda a Costa para que mais rapidamente se possa enforcar

Se há uma coisa que devia preocupar António Costa, é esta: ninguém exige a sua demissão, ninguém parece ter pressa em derrubá-lo, ninguém lhe cobiça o lugar. Ora, não há pior sinal para um governante em Portugal.

Quase todos os oligarcas desconfiam que o governo vai acabar mal e ninguém está tentado a substitui-lo. Houve certamente muitas razões para esta súbita acalmia. Mas uma razão está talvez acima de todas: a crença em cenários favoráveis dissipou-se rapidamente, e hoje quase só o governo parece ainda preso a essa ilusão. Percebeu-se que o “fim da austeridade” teria de ser pouco mais do que simbólico, com muitas “cativações adicionais” escondidas nas notas de rodapé. Tornou-se claro que a Comissão Europeia não deixaria Costa abusar demasiado do dilúvio monetário do BCE, que tanto desespera os aforradores alemães. Não ia haver um grande banquete, com eleições à sobremesa. Portugal também não se vai transformar noutra Irlanda, que o ano passado, depois do ajustamento, cresceu 7%.

Para quê apear Costa ?