Para o doente não há urgências públicas nem privadas
O que seria do SNS sem os hospitais privados? Sem as milhares de consultas, exames, cirurgias, urgências...
Se os hospitais públicos mesmo com a existência dos hospitais privados estão a rebentar pelas costuras, com horas de espera nas urgências, listas de espera nas cirurgias ( 180 000 doentes à espera) e assim por diante, o que seria sem a oferta privada?
Para o doente não há hospitais públicos nem privados, há hospitais que o tratam competentemente a tempo e horas. E não se diga que um maior investimento no público é solução. Não é, porque não se pode construir um hospital para atender os picos de urgência em dois meses por ano. A solução é contratualizar tratamentos privados por preço razoáveis e honestos .
Ao mesmo tempo que há esperas de horas nas urgências soubemos ontem que a mortalidade infantil, no seguimento da situação que vem de há mais de vinte anos, continua entre as mais baixas do mundo. O que prova que os chamados "actos planeados" não foram beliscados . Quanto às urgências, são isso mesmo "urgências" e, como tal, exigem respostas excepcionais.
Perante esta proposta do governo vamos ver quem é que está preocupado com os doentes ou se a "indignação" não passa de baixa política.