OS ESCÂNDALOS DAS PESSOAS DE PODER:IMUNIDADE - Prof Raul Iturra
Devo confessar que, anos passados, pensei dedicar a minha vida a política. Era advogado e sabia a lei, com una certa profundidade. O meu desejo era dedicar a minha vida a defender criminosos ou Direito Penal, e assim fiz. Salvei muitos da cadeia.
No entanto, reparei que a parte mais importante da legislatura era a constituição que divide o país entre os que entregam a sua soberania a outros, que agem por eles. O país é gerido por essa lei fundamental, que o divide entre judicial, executivo e legisladores.
A confiança do povo é entregue a um grupo de cidadãos que fazem da sua vida um eterno mandar. Temos falado, desde Novembro de este ano que acaba, apenas de um caso, que cansa já.
O escândalo não está nos crimes e enriquecimento hipotético. O perigo está no poder que possuem, nos impostos que mandam pagar, na obrigação de pagar às finanças parte do que ganhamos, a manipulação dos salários e o seu saber da lei e de como contorna-la.
O escândalo é depositar a nossa soberania em pessoas em que confiamos, mas não sabemos o uso que farão do poder, que a constituição protege com direito a imunidade.
A imunidade é o que garante que trabalhem para o povo, mas sem o povo que é ouvido mas não protegido.
Hoje estamos em frente de uma fraude não provado. A imunidade protege as ações desleais.
Acreditava na frase de Lincoln que o o governo é do povo, para o povo e com o povo. Ideia que o levou a ser assassinado, como o caso do mártir internacional Salvador Allende no Chile ou John Kennedy nos Estados Unidos de América, baleado ele e, mais tarde o seu irmão Robert Kennedy, quando corria para as presidenciais dos Estados Unidos. Ou Martin Luther King, quem defendia os direitos dos afro-americanos e foi silenciado por una bala no meio de um discurso público.
O escândalo é que o poder divide entre os imunes à lei, e todos nós que devemos prestar contas das nossas atividades às finanças primeiros, no parlamento depois, e perante os juízes, eventualmente, que lançam uma pesada mão sobre as atividades políticas.
O caso Marquês, como é denominado o de Sócrates, até cansa não só de ouvir, bem como oculta outros possíveis latrocínios ocultos pela imunidade.
O caso Marquês, já farta. É preciso expurgar outros para saberes porquê entram pobres ao poder e enriquecem em quanto exercem o poder político e governam sem o povo.
O escândalo está em exercer poder sem prestar contas, apenas a sua ideologia e a Procuradoria-Geral de uma república.
Ainda bem que não segui a carreira da política e mantive-me como um simples cidadão, dedicado à ciência.
O escândalo do governo de um povo é a imunidade dos que exercem poder.
É o que o caso Marquês me leva a pensar.
Escrito após o estudo deste caso com minucia e interesse para que o governo seja como Allende e Lincoln diziam: do povo, com o povo e para o povo. Como Marx ensinou e muitos imunes praticam, especialmente a esquerda do governates.
Raúl Iturra
7 de Dezembro de 2014
lautaro@netcabo.pt